Arrastado ao mar pelo deslizamento na Ilha Grande, filho de prefeito de Arujá está entre sobreviventes de grupo de 17 veranistas da cidade

Amigos, que costumam viajar juntos no Réveillon, estavam em duas casas em Ilha Grande; noiva de Flávio Larini está desaparecida

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quatro pessoas de um grupo de 17 turistas de Arujá, na Grande SP, escaparam a nado do deslizamento que destruiu sete casas e parte da pousada Sankay, na Ilha Grande.
O grupo, que há anos viaja junto nesta época do ano, estava em duas casas. Na que fazia frente para a praia estavam os sobreviventes: Flávio Larini, 31 -filho do prefeito de Arujá, Abel José Larini (PR)-, Gerson Valério, 45, sua mulher, Noemi Valério, e o comerciante Luiz Henrique Alegre, 30.
Abel Franco Larini, 28, irmão de Flávio e presidente da Câmara Municipal de Arujá, disse que o grupo acordou debaixo d'água e todo sujo de terra. Foram arrastados pela enxurrada de terra, pedras e troncos. Um gritou pelo outro, eles se deram as mãos e voltaram para a praia.
A dentista Emanuele Rodrigues, 33, noiva de Larini, e a gerente de vendas Fernanda Muraca, 27, noiva de Alegre, estavam na mesma casa e continuam desaparecidas. Os mortos estavam na casa mais próxima ao morro que deslizou.
Do grupo, ainda estão desaparecidos o mecânico de caminhões Adauto de Souza e sua mulher, Priscila.
Já foram identificados os corpos do empresário Marcio Luiz Baccin, 31; Cecília Secco Baccin, 30, grávida de seis meses; o filho do casal, Geovanne, 3; o contador Ricardo Ferreira da Silva, 30, e sua noiva Natália Pacheco, 23; Rafaela de Souza, 8; o cartorário Keller Simões Neves, 35; seu filho Gustavo Neves, 10; e a fisioterapeuta Joyce de Melo Yamato, 30. (JOÃO PEQUENO E EVANDRO SPINELLI)


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