São Paulo, Quinta-feira, 03 de Fevereiro de 2000


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Delegado é morto por assaltantes

Renata Freitas/Folha Imagem
Enterro do delegado do GOE em cemitério israelita de SP


ALENCAR IZIDORO
da Reportagem local

O delegado do GOE (Grupo de Operações Especiais) Luciano Heitor Beiguelman, 31, morreu anteontem à noite depois de trocar tiros com três homens e ser perseguido na região do Itaim Bibi (zona sudoeste de São Paulo). A polícia suspeita que ele tenha reagido a um assalto.
Um dos homens, Carlos Fernando Manão, 25, atingido pelo delegado na cabeça e no ombro, foi preso ontem de manhã na casa de um primo. Ele foi localizado pela polícia depois de ser levado a um hospital de Guarulhos.
Os outros dois assaltantes fugiram. A polícia teve informações de que eles estariam em Atibaia (a 65 km de SP), mas, até o início da noite, ninguém havia sido preso.
Dentro de um Santana roubado no início da semana, os três homens tentaram roubar o Fiat Marea do delegado na avenida Presidente Juscelino Kubitschek, por volta das 23h.
Minutos antes, eles abordaram o motorista de um Audi, que conseguiu escapar. O veículo blindado foi atingido por um tiro e bateu no Santana usado pelos homens.
Os assaltantes teriam, então, tentado render Beiguelman. O delegado reagiu com tiros e passou a ser perseguido pela região. No cruzamento das ruas Tabapuã e Clodomiro Amazonas, ele não resistiu e acabou parando o veículo.
Os homens desceram do carro e voltaram a acertá-lo na cabeça, no peito e nos braços.
Na fuga, os assaltantes abandonaram o Santana na rua Adolfo Tabacow, onde renderam um casal que estava dentro de um Golf. O carro foi deixado na via Dutra, próximo a Guarulhos.
Beiguelman foi levado para o Hospital São Luís, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia encontrou o Santana abandonado, onde também havia uma pistola 9 mm, um carregador de metralhadora e um telefone celular.
Manão foi deixado pelos outros dois homens em um hospital de Guarulhos e, durante a madrugada, chamou seu pai, o comerciante Sérgio Ferreira Manão, 52, para pegá-lo. Ele deixou o nome, o endereço e o número do telefone no local, localizado pela polícia.
Os policiais foram até a casa do pai, que, junto com a mãe e a irmã de Manão, foi preso por resistência. Depois, foram até a casa do primo dele, onde foi encontrado.
Segundo os policiais, Manão, que estava em regime de semi-liberdade, ainda resistiu e, por isso, foi atingido com um tiro nas nádegas. O primo e a prima foram presos por favorecimento, mas seriam liberados ontem.



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