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Manuseio traz risco ao amador
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas ouvidos pela Folha acreditam que pessoas podem
morrer durante o aprendizado da
""bomba ideal" para fuga.
""É possível que não consigam
nem usá-las direito", diz um perito, que não quer ser identificado.
O caso de São Vicente é citado
como exemplo do risco. A bomba
estourou fora de horário previsto,
quando os detentos experimentavam o pavio do detonador.
Ninguém morreu porque era
horário do banho de sol. As grades das celas estavam abertas e todos correram para o pátio.
No 33º DP (Pirituba), os presos
escaparam da onda de choque
porque a cela escolhida por eles
para a explosão estava aberta.
Do lado de fora, porém, um carro da polícia teve os vidros destruídos e a lataria amassada pelos
estilhaços de concreto e ferro.
O risco também pode estar do
lado de fora, por causa da forma
como os criminosos armazenam
os explosivos. No ano passado, a
polícia apreendeu 15 kg de alto-explosivo enterrados no meio de
uma favela. As espoletas, que poderiam detonar uma grande explosão, estavam juntas, aumentando o risco de acidente.
(AS)
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