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PLANTÃO MÉDICO
JULIO ABRAMCZYK
Hanseníase tem tratamento e em breve será erradicada
O Brasil é o vice-campeão
mundial de doentes de hanseníase. Por isso assumiu na semana passada, em Brasília, a
presidência da Aliança Global
para a Eliminação da Lepra. Integrada por governos de países
com alta incidência da hanseníase, a aliança foi criada pela
OMS (Organização Mundial da
Saúde) para promover a erradicação da doença.
A presidência foi transmitida
pela Índia, que ocupa o primeiro lugar, com mais de 60% dos
600 mil casos registrados em todo o mundo. Em quatro outros
países (Madagascar, Moçambique, Myanmar e Nepal), a afecção ainda é considerada um grave problema de saúde pública.
Atualmente a denominada
multidrogaterapia trata e cura
os doentes. É uma série de remédios distribuídos pela OMS e
doados pela Fundação Novartis
a todos os países.
Existe, porém, um grande desafio. Ele foi identificado pelo
professor Abrahão Rotberg (hoje com 90 anos e extraordinária
lucidez) há mais de 35 anos: o
termo lepra, inseparável do estigma que a doença provoca.
Em 1967, quando Rotberg dirigiu o departamento especializado, sugeriu ao então secretário da Saúde, professor Walter
Leser, substituir nos documentos oficiais o termo lepra por
hanseníase, para acabar com o
estigma. Criou, então, o neologismo "leprostigma". A sugestão de Rotberg alcançou mais
tarde todo o país, através da lei
federal 9.010 de 29/3/95, que tornou obrigatória a substituição
do termo lepra por hanseníase.
Para Rotberg, o leprostigma
conduz ao ocultamento do
doente, ao não tratamento e
principalmente ao agravamento
da endemia. Talvez seja essa a
razão de a doença, já dispondo
de medicação que a cure, não ter
sido ainda erradicada.
MORTE CEREBRAL
Critério para diagnóstico varia
O médico Eelco Wijdicks relata na revista "Neurology" a ausência de unanimidade para critérios para diagnóstico da morte cerebral em 80 países e recomenda criar um padrão internacional.
REMÉDIOS
Fundação facilita compra no exterior
Remédios só achados no exterior podem ser adquiridos através
da Fundação Rubem Berta. Tel. (Varig): 0/xx/11/5091-2250.
INFARTO
Novo teste é sugerido
O teste com troponina está sendo sugerido para substituir os
atuais exames de sangue para o diagnóstico laboratorial do infarto agudo do coração.
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