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Favela está em zona campeã de desemprego
DA REPORTAGEM LOCAL
A favela de Paraisópolis está
no pedaço menos escolarizado
da capital paulista: 54% dos
moradores da região da Vila
Andrade chegaram só até o ensino fundamental e apenas 7%
entraram na faculdade, o menor índice de estudo entre os
96 distritos da cidade, segundo
dados do Datafolha em 2007.
O desemprego na região é
também o maior de São Paulo,
de 25%, de acordo com o mesmo levantamento.
Ocupada desde 1960, a favela
(que engloba outras duas menores, Porto Seguro e Jardim
Colombo) é onde vive a maior
parte da população do distrito.
Segundo a Prefeitura de São
Paulo, lá estão cerca de 60 mil
dos 85 mil moradores da Vila
Andrade. Com 800 mil metros
quadrados de área, é hoje a segunda maior favela de São Paulo, com quase 17,2 mil imóveis,
atrás só de Heliópolis (18 mil).
A única agência bancária, do
Bradesco, chegou ali recentemente, com a primeira loja da
rede de varejo Casas Bahia.
Segundo Gil Rodrigues, presidente da associação de moradores local, há apenas um campo de futebol na favela e o forró
predomina nas festas, devido à
predominância de população
nordestina. "Há carência de lazer, mas o pior aqui é a falta de
creches", diz ele.
A renda do distrito de Vila
Andrade é a terceira pior da cidade (47% ganham até dois salários mínimos por mês).
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