São Paulo, domingo, 03 de março de 2002

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Promotor culpa a impunidade

DA REDAÇÃO, EM CAMPINAS

A explosão da criminalidade em Campinas pode estar diretamente ligada ao aumento da impunidade, segundo o promotor da Vara de Execuções Criminais, Herbert Teixeira Mendes.
Segundo ele, em 1999, escaparam das cadeias da região cerca de mil presos. "Houve casos em que a mesma pessoa foi presa por três vezes", disse o promotor.
Para ele, todos os grandes criminosos que são presos já haviam sido detidos antes, mas fugiram.
Mendes afirmou que o crime aumenta no Estado amparado por três esperanças: a de não ser descoberto pela polícia, a de não ser encontrado e a de que vão conseguir fugir se forem pegos.
"Não que a fuga seja uma certeza, mas é uma das esperanças da impunidade e que serve para aumentar o número de pessoas que entram para o crime."
Dos apontados como peças principais na quadrilha de Andinho, todos já fugiram mais de uma vez de unidades prisionais.
A primeira fuga de Andinho aconteceu em Dourados (MS), no dia 11 de março de 1998.
Andinho e outros sete homens que faziam roubos a bancos na época foram resgatados da penitenciária de segurança máxima Harri Amorim Costa.
Em junho de 2000, Andinho fugiu novamente, dessa vez da Penitenciária 3, do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia.
No início deste ano, dois comparsas de Andinho, Cristiano Nascimento Faria e Rubens Pereira da Silva, escaparam do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Hortolândia.
A Promotoria tem dúvidas sobre o horário da fuga dos presos e a forma como eles escaparam.
Na última semana, o diretor do CDP, Arnaldo Pereira de Souza, e mais dois funcionários foram afastados de suas funções pela coordenadoria dos presídios por suspeita de negligência.



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