|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Promotor culpa a impunidade
DA REDAÇÃO, EM CAMPINAS
A explosão da criminalidade
em Campinas pode estar diretamente ligada ao aumento da impunidade, segundo o promotor
da Vara de Execuções Criminais,
Herbert Teixeira Mendes.
Segundo ele, em 1999, escaparam das cadeias da região cerca de
mil presos. "Houve casos em que
a mesma pessoa foi presa por três
vezes", disse o promotor.
Para ele, todos os grandes criminosos que são presos já haviam sido detidos antes, mas fugiram.
Mendes afirmou que o crime
aumenta no Estado amparado
por três esperanças: a de não ser
descoberto pela polícia, a de não
ser encontrado e a de que vão
conseguir fugir se forem pegos.
"Não que a fuga seja uma certeza, mas é uma das esperanças da
impunidade e que serve para aumentar o número de pessoas que
entram para o crime."
Dos apontados como peças
principais na quadrilha de Andinho, todos já fugiram mais de
uma vez de unidades prisionais.
A primeira fuga de Andinho
aconteceu em Dourados (MS), no
dia 11 de março de 1998.
Andinho e outros sete homens
que faziam roubos a bancos na
época foram resgatados da penitenciária de segurança máxima
Harri Amorim Costa.
Em junho de 2000, Andinho fugiu novamente, dessa vez da Penitenciária 3, do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia.
No início deste ano, dois comparsas de Andinho, Cristiano
Nascimento Faria e Rubens Pereira da Silva, escaparam do CDP
(Centro de Detenção Provisória)
de Hortolândia.
A Promotoria tem dúvidas sobre o horário da fuga dos presos e
a forma como eles escaparam.
Na última semana, o diretor do
CDP, Arnaldo Pereira de Souza, e
mais dois funcionários foram
afastados de suas funções pela
coordenadoria dos presídios por
suspeita de negligência.
Texto Anterior: Origem é favela do São Fernando Próximo Texto: Presos apontam nome de suposto assassino em SP Índice
|