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São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2003

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EXPLORAÇÃO INFANTIL

Para delegado da PF, ou as pessoas desistiram de explorar as crianças ou elas não estão mais nos prostíbulos

Blitz antiprostituição não registra prisão

DA SUCURSAL DO RIO

Anunciada pelo Ministério da Justiça com pompa, como uma "operação especial" para combater a exploração sexual infanto-juvenil no Carnaval, as ações da Polícia Federal em todo o país não registraram nenhum flagrante ou prisão até a tarde de ontem.
A informação foi dada pelo coordenador nacional da Operação 12 de Outubro - 2 (referência ao Dia da Criança), delegado da PF Valdinho Jacinto Caetano. Segundo o governo federal, seis ministérios e duas secretarias participam da iniciativa.
Em Copacabana e outros bairros do Rio onde a prostituição de menores se intensificou na semana que antecedeu o Carnaval, não houve diligências porque o efetivo da PF está empenhado na Operação Guanabara, de combate ao narcotráfico, de acordo com Caetano. Ele afirmou que até a quarta-feira alguma ação será feita na zona sul carioca.
Em janeiro, a Operação 12 de Outubro - 1 resultou na prisão de 52 pessoas em quase 20 Estados. "Agora, ou o pessoal desistiu de explorar os menores ou os menores não estão nas casas de prostituição. Trabalhamos até as 5h e não detectamos flagrante nos Estados", disse o delegado.
"Achamos que em algum caso houve desistência de utilização de menores. Em outros, adotaram nova tática: colocaram os menores em outras casas, não de prostituição explícita, com contato feito pelo telefone. Estamos fazendo um trabalho de inteligência para acabar com a nova tática."
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e as 12ª e 13ª DPs, as duas últimas de Copacabana, não registraram caso de exploração sexual de menores, embora a prostituição infanto-juvenil cresça no Carnaval carioca.


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