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OUTRO LADO
Campanha tem cunho educativo, diz secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário-executivo de
Comunicação da Prefeitura de
São Paulo, Marcus Vinicius
Sinval, negou ontem que o aumento de gastos do município
com publicidade esteja atrelado ao calendário eleitoral.
"As campanhas [publicitárias] foram iniciadas no final
do ano passado e, por mais que
haja uma coincidência com o
momento político, nunca perderam o cunho informativo e
educacional", afirmou o secretário-executivo, que classificou
a propaganda sobre o programa de recapeamento de ruas
da prefeitura como "informativa". "É um serviço que está
sendo prestado."
Segundo Sinval, a referência
que é feita "a todos os brasileiros" no comercial se deve à estratégia turística da cidade,
"para atrair visitas" -a propaganda é veiculada em todo o
Estado de São Paulo.
Ainda de acordo com o secretário-executivo, a criação das
peças está sob responsabilidade da agência de publicidade
contratada pela prefeitura, a
Agnelo Pacheco.
"O prefeito Serra apenas
aprova o tema a ser abordado e
o produto final", afirma.
Ele justifica a escolha da saúde como o próximo tema a ser
tratado nas propagandas oficiais dizendo que se trata de
uma área que recebeu atenção
especial da administração e
que, por conta disso, é preciso
prestar contas à população.
Sinval afirmou que o primeiro ano do mandato de José Serra na cidade foi atípico no que
se refere a gastos com propaganda. "Tínhamos apenas R$ 4
milhões aprovados no Orçamento para a área", disse.
"A verba já é pouca. Imagino
a dificuldade do pessoal que
trabalhava aqui no início", afirmou o secretário-executivo,
que assumiu o posto só em fevereiro deste ano, após a saída
de Sérgio Kobayashi do cargo.
Essa limitação, disse o secretário-executivo, impediu que a
prefeitura gastasse em campanhas "educativas" e "informativas". No meio do ano, a verba
publicitária recebeu um aporte
de recursos. Mas Sinval argumenta que o ajuste fiscal pelo
qual a prefeitura passava também limitou os gastos em propaganda. Apenas no final do
ano o fluxo de recursos para a
área foi normalizado, segundo
ele. "Agora, sim, estamos gastando normalmente", afirmou.
Até o final deste ano, a prefeitura deve gastar R$ 23 milhões
em publicidade. Os auxiliares
de Serra sempre ressaltam o fato de a quantia ser menor do
que a média anual gasta pela
sua antecessora, a ex-prefeita
Marta Suplicy (PT), de quase
R$ 40 milhões.
(CC e FS)
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