São Paulo, sexta-feira, 03 de março de 2006

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OUTRO LADO

Campanha tem cunho educativo, diz secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário-executivo de Comunicação da Prefeitura de São Paulo, Marcus Vinicius Sinval, negou ontem que o aumento de gastos do município com publicidade esteja atrelado ao calendário eleitoral.
"As campanhas [publicitárias] foram iniciadas no final do ano passado e, por mais que haja uma coincidência com o momento político, nunca perderam o cunho informativo e educacional", afirmou o secretário-executivo, que classificou a propaganda sobre o programa de recapeamento de ruas da prefeitura como "informativa". "É um serviço que está sendo prestado."
Segundo Sinval, a referência que é feita "a todos os brasileiros" no comercial se deve à estratégia turística da cidade, "para atrair visitas" -a propaganda é veiculada em todo o Estado de São Paulo.
Ainda de acordo com o secretário-executivo, a criação das peças está sob responsabilidade da agência de publicidade contratada pela prefeitura, a Agnelo Pacheco.
"O prefeito Serra apenas aprova o tema a ser abordado e o produto final", afirma.
Ele justifica a escolha da saúde como o próximo tema a ser tratado nas propagandas oficiais dizendo que se trata de uma área que recebeu atenção especial da administração e que, por conta disso, é preciso prestar contas à população.
Sinval afirmou que o primeiro ano do mandato de José Serra na cidade foi atípico no que se refere a gastos com propaganda. "Tínhamos apenas R$ 4 milhões aprovados no Orçamento para a área", disse.
"A verba já é pouca. Imagino a dificuldade do pessoal que trabalhava aqui no início", afirmou o secretário-executivo, que assumiu o posto só em fevereiro deste ano, após a saída de Sérgio Kobayashi do cargo.
Essa limitação, disse o secretário-executivo, impediu que a prefeitura gastasse em campanhas "educativas" e "informativas". No meio do ano, a verba publicitária recebeu um aporte de recursos. Mas Sinval argumenta que o ajuste fiscal pelo qual a prefeitura passava também limitou os gastos em propaganda. Apenas no final do ano o fluxo de recursos para a área foi normalizado, segundo ele. "Agora, sim, estamos gastando normalmente", afirmou.
Até o final deste ano, a prefeitura deve gastar R$ 23 milhões em publicidade. Os auxiliares de Serra sempre ressaltam o fato de a quantia ser menor do que a média anual gasta pela sua antecessora, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), de quase R$ 40 milhões.
(CC e FS)

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