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São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2003

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Humberto Costa afirma que país adotou medidas determinadas pela OMS e pede que brasileiros adiem viagem à China

Para ministro, não há falha em prevenção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde informou ontem que adotou as medidas determinadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para tentar evitar no Brasil casos da pneumonia asiática, doença que já matou 78 pessoas no mundo.
O ministro da Saúde, Humberto Costa, convocou uma entrevista coletiva na tarde de ontem para falar sobre a jornalista britânica que está internada em São Paulo com suspeita de ter contraído a doença. Na entrevista, entretanto, disse que a jornalista "provavelmente" está com pneumonia bacteriana e não com a asiática.
Mesmo assim, como medida preventiva, ele afirmou que órgãos de saúde estão monitorando um grupo de 25 jornalistas que tiveram contato com ela. Caso algum deles apresente os sintomas, eles deverão ser encaminhados aos hospitais de referência.
"Não dá para pegarmos todos que chegam ao país e confiná-los. Não é isso que está sendo feito nos locais onde há casos. Se cumprirmos rigorosamente as orientações de prevenção e se as pessoas estiverem alertas, tenho convicção de que não haverá epidemia", afirmou Costa.
O governo também está orientando brasileiros com viagem marcada para Hong Kong e Guangdong, na China, a adiá-la. Essa orientação consta das recomendações da OMS.
Já no caso de viagens para outros países onde houve notificação, a orientação é que os visitantes evitem aglomerações e contato com pessoas doentes.

Folhetos
Os outros passageiros do vôo da jornalista britânica, de acordo com o Ministério da Saúde, receberam folhetos explicativos e foram orientados a procurar a vigilância epidemiológica se apresentarem os sintomas.
De acordo com Costa, o Brasil vem, desde fevereiro, divulgando aos órgãos de saúde dos Estados informações sobre a doença, orientando para que suspeitas sejam notificadas às vigilâncias epidemiológicas ou hospitais especializados e distribuindo avisos em portos e aeroportos.
Se algum passageiro apresentar os sintomas durante um vôo, o ministro disse que é obrigação do piloto avisar à vigilância.
Caso aconteça algo semelhante ao ocorrido nos Estados Unidos, onde cinco passageiros de um avião apresentaram os sintomas, a orientação é não permitir o desembarque até que técnicos avaliem a situação.
Hoje, haverá uma reunião em Brasília entre a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Infraero para discutir sobre as medidas preventivas.
(LUCIANA CONSTANTINO)


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