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Humberto Costa afirma que país adotou medidas determinadas pela OMS e pede que brasileiros adiem viagem à China
Para ministro, não há falha em prevenção
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde informou ontem que adotou as medidas determinadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para tentar evitar no Brasil casos da
pneumonia asiática, doença que
já matou 78 pessoas no mundo.
O ministro da Saúde, Humberto
Costa, convocou uma entrevista
coletiva na tarde de ontem para
falar sobre a jornalista britânica
que está internada em São Paulo
com suspeita de ter contraído a
doença. Na entrevista, entretanto,
disse que a jornalista "provavelmente" está com pneumonia bacteriana e não com a asiática.
Mesmo assim, como medida
preventiva, ele afirmou que órgãos de saúde estão monitorando
um grupo de 25 jornalistas que tiveram contato com ela. Caso algum deles apresente os sintomas,
eles deverão ser encaminhados
aos hospitais de referência.
"Não dá para pegarmos todos
que chegam ao país e confiná-los.
Não é isso que está sendo feito nos
locais onde há casos. Se cumprirmos rigorosamente as orientações de prevenção e se as pessoas
estiverem alertas, tenho convicção de que não haverá epidemia",
afirmou Costa.
O governo também está orientando brasileiros com viagem
marcada para Hong Kong e
Guangdong, na China, a adiá-la.
Essa orientação consta das recomendações da OMS.
Já no caso de viagens para outros países onde houve notificação, a orientação é que os visitantes evitem aglomerações e contato
com pessoas doentes.
Folhetos
Os outros passageiros do vôo da
jornalista britânica, de acordo
com o Ministério da Saúde, receberam folhetos explicativos e foram orientados a procurar a vigilância epidemiológica se apresentarem os sintomas.
De acordo com Costa, o Brasil
vem, desde fevereiro, divulgando
aos órgãos de saúde dos Estados
informações sobre a doença,
orientando para que suspeitas sejam notificadas às vigilâncias epidemiológicas ou hospitais especializados e distribuindo avisos
em portos e aeroportos.
Se algum passageiro apresentar
os sintomas durante um vôo, o
ministro disse que é obrigação do
piloto avisar à vigilância.
Caso aconteça algo semelhante
ao ocorrido nos Estados Unidos,
onde cinco passageiros de um
avião apresentaram os sintomas,
a orientação é não permitir o desembarque até que técnicos avaliem a situação.
Hoje, haverá uma reunião em
Brasília entre a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária)
e a Infraero para discutir sobre as
medidas preventivas.
(LUCIANA CONSTANTINO)
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