CARLA CONTE
da Reportagem Local

Duas escolas estaduais estão fazendo rodízio de aulas em São Paulo. A escola Adolfo Casaes Monteiro (na zona sul de SP), além de atender seus alunos, está recebendo desde o início das aulas estudantes que foram matriculados na escola Jardim Guaembu, que ainda está em construção.
O mesmo acontece com a escola estadual Maria Juvenal Homem de Mello, que atende também os alunos da escola Parque Castro Alves, ainda inacabada.
Os turnos da manhã e da tarde têm sido divididos. De manhã, por exemplo, os alunos da escola ficam das 7h às 9h45 e os "visitantes", das 10h às 12h45. O período normal de aulas é das 7h às 12h.
De acordo com a dirigente regional da 18ª Delegacia de Ensino, Vera Ilse Siqueira Alves Pedroso, o calendário não está sendo prejudicado. "Os alunos vão ter esse ano mais de 800 horas de aula, que é o mínimo exigido por lei. Nem será necessária a reposição das aulas."
Segundo Vera, a escola Parque Castro Alves deve estar pronta em três semanas e a Jardim Guaembu, no fim de abril. "Preferimos optar por esse esquema para diminuir o número de alunos fora da escola. Apesar de ser uma medida de emergência, acredito que ela é válida e está sendo muito benéfica."
Além disso, Vera afirma que a opção de fazer matrículas antes de as escolas estarem prontas foi tomada para evitar que as crianças ficassem ociosas após o fim da construção, quando o período letivo já tivesse começado.
Outros casos
Não é a primeira vez que escolas estaduais montam esquemas de emergência. Na Professor Mariano de Oliveira, em Pirituba (zona norte), alunos passaram por rodízio em fevereiro, quando seis salas foram inutilizadas por chuva.
Na primeira semana de aula na escola Júlia Lopes, em Osasco (Grande SP), uma turma por dia estava sendo dispensada por falta de salas. A solução foi colocar duas classes no laboratório de ciências. Mas, na semana passada, foram criadas duas salas no pátio.