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Café destinado
a exportação
vira alvo de
roubo de carga
da Reportagem Local
O roubo recorde de mais de 40
mil sacas de café (cerca de US$ 10
milhões) em estradas e portos brasileiros no ano passado assustou a
Federação Européia do Café.
O secretário-geral da entidade, J.
A. Vaessen, enviou carta à Associação Brasileira dos Exportadores
de Café (Abecafé) reclamando
providências e sugerindo ações
para combater o roubo.
Segundo a federação, muitos caminhões que transportam o produto são roubados por quadrilhas
quando seguem rumo aos portos.
Os ladrões levam sacas inteiras ou
então certas quantidades de sacas
individuais.
No caso de embarques a granel,
o café roubado foi, muitas vezes,
substituído por areia para compensar a falta de peso e evitar a detecção prematura do roubo. Em
outros casos, os ladrões mantiveram intactos os lacres, o que evidencia, na avaliação da federação,
a alta organização do crime.
A Abecafé reconhece que o roubo de cargas é um "problema sério" -a polícia estima que foram
roubadas, em 97, cargas com valor
superior a US$ 115 milhões apenas
em São Paulo- e diz que está participando do Procarga, um programa composto pela polícia, empresas transportadoras e companhias de seguro na tentativa de diminuir o número de roubos.
A Abecafé acredita que o grande
número de ocorrências seja fomentado pelo aumento do preço
do café, o segundo produto nacional na pauta de exportação, nas
bolsas internacionais.
(FABIO SCHIVARTCHE)
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