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EDUCAÇÃO
Sindicato dos professores não fez avaliação; greve por reajuste salarial de 54,71% continua hoje
Aula em escola foi normal, diz secretaria
da Reportagem Local
free-lance para a Folha Campinas
As aulas foram normais nas escolas estaduais de São Paulo, ontem, no primeiro dia de greve dos
professores, segundo avaliação
da Secretaria da Educação. A
Apeoesp (sindicato dos professores) não estimou a adesão.
A orientação que havia sido dada pelo sindicato aos professores
era que eles fossem às escolas,
conversassem com os alunos sobre a paralisação, mas não dessem aulas nem provas.
A secretária estadual da Educação, Rose Neubauer, disse durante entrevista coletiva que as escolas funcionaram normalmente e
pediu que os pais levem as crianças para as aulas hoje.
"O pai que não mandar o filho
para a escola causa o sério risco
de a criança perder o conteúdo
que será dado em sala de aula",
disse a secretária.
"Qualquer contagem de professores em greve só deve começar a
ser feita na quinta-feira. O que foi
feito hoje (ontem) e será feito
amanhã (hoje) é um trabalho de
conscientização de pais e alunos
sobre o movimento dos professores", declarou a presidente da
Apeoesp, Maria Izabel Azevedo
Noronha.
Durante a entrevista, a secretaria disse não ter ainda nenhuma
contraproposta a fazer aos professores em greve.
Os grevistas reivindicam
54,71% de reajuste, o que elevaria
o piso salarial de R$ 488 para R$
755 (cinco salários mínimos).
"Essa proposta foi colocada em
patamares inegociáveis", segundo a secretária.
O sindicato argumenta que foi
uma promessa do próprio governador elevar o salário para cinco
mínimos
"Vamos esperar os próximos
dias. Estamos ainda na expectativa. Qualquer aumento não depende apenas da Secretaria da
Educação, mas de todo o governo", disse Neubauer.
Universidades
Os professores das três universidades estaduais (USP, Unicamp e
Unesp) fizeram assembléias ontem e decidiram pela manutenção
da greve. Segundo a Adusp (Associação dos Docentes da USP)
mais duas unidades aderiram ao
movimento: a veterinária e o
campus de São Carlos.
O presidente do conselho de reitores, Jacques Marcovitch, reitor
da USP, disse que o grupo técnico
das universidades espera que os
professores apresentem planilhas
sobre salários para negociar.
As entidades oferecem 7% de
reajuste e um abono de 28%; os
professores reivindicam 25% de
reajuste.
Em Campinas, o Hospital de
Clínicas, da Unicamp, que atende
2.000 pacientes por dia e estava
ameaçado de parar, funcionou
normalmente.
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