São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

EDUCAÇÃO
Sindicato dos professores não fez avaliação; greve por reajuste salarial de 54,71% continua hoje
Aula em escola foi normal, diz secretaria

da Reportagem Local

free-lance para a Folha Campinas

As aulas foram normais nas escolas estaduais de São Paulo, ontem, no primeiro dia de greve dos professores, segundo avaliação da Secretaria da Educação. A Apeoesp (sindicato dos professores) não estimou a adesão.
A orientação que havia sido dada pelo sindicato aos professores era que eles fossem às escolas, conversassem com os alunos sobre a paralisação, mas não dessem aulas nem provas.
A secretária estadual da Educação, Rose Neubauer, disse durante entrevista coletiva que as escolas funcionaram normalmente e pediu que os pais levem as crianças para as aulas hoje.
"O pai que não mandar o filho para a escola causa o sério risco de a criança perder o conteúdo que será dado em sala de aula", disse a secretária.
"Qualquer contagem de professores em greve só deve começar a ser feita na quinta-feira. O que foi feito hoje (ontem) e será feito amanhã (hoje) é um trabalho de conscientização de pais e alunos sobre o movimento dos professores", declarou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.
Durante a entrevista, a secretaria disse não ter ainda nenhuma contraproposta a fazer aos professores em greve.
Os grevistas reivindicam 54,71% de reajuste, o que elevaria o piso salarial de R$ 488 para R$ 755 (cinco salários mínimos).
"Essa proposta foi colocada em patamares inegociáveis", segundo a secretária.
O sindicato argumenta que foi uma promessa do próprio governador elevar o salário para cinco mínimos
"Vamos esperar os próximos dias. Estamos ainda na expectativa. Qualquer aumento não depende apenas da Secretaria da Educação, mas de todo o governo", disse Neubauer.

Universidades
Os professores das três universidades estaduais (USP, Unicamp e Unesp) fizeram assembléias ontem e decidiram pela manutenção da greve. Segundo a Adusp (Associação dos Docentes da USP) mais duas unidades aderiram ao movimento: a veterinária e o campus de São Carlos.
O presidente do conselho de reitores, Jacques Marcovitch, reitor da USP, disse que o grupo técnico das universidades espera que os professores apresentem planilhas sobre salários para negociar.
As entidades oferecem 7% de reajuste e um abono de 28%; os professores reivindicam 25% de reajuste.
Em Campinas, o Hospital de Clínicas, da Unicamp, que atende 2.000 pacientes por dia e estava ameaçado de parar, funcionou normalmente.


Texto Anterior: Estadista vietnamita morre aos 94
Próximo Texto: Idosos aprendem a usar Internet
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.