São Paulo, segunda-feira, 03 de junho de 2002

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Dersa diz que previne riscos

DA REPORTAGEM LOCAL

O principal objetivo das ações preventivas da Dersa é evitar a contaminação da água por resíduos da obra e por cargas perigosas -cuja probabilidade é considerada "baixa" pelo EIA-Rima, mas cujas consequências seriam extremamente graves.
O consultor ambiental da Dersa Luiz Saragiotto afirmou não acreditar que os assoreamentos possam trazer alterações significativas na coloração da água, conforme consta do estudo. "O volume de água nos reservatórios é muito grande. A terra da obra não é suficiente para deixar a água turva."
O presidente da Dersa disse que a escolha do traçado do trecho norte procurou evitar ao máximo os impactos na serra da Cantareira e no parque Juqueri. A parte da obra mais próxima do parque da Cantareira passará a uma distância de 400 metros.
Pereira explicou que, na segunda alternativa de traçado do trecho norte -que previa a construção de um túnel atravessando a serra, além dos danos ambientais,- haveria problemas após a conclusão. "Um túnel desse porte precisaria de uma série de medidas de segurança, elevando os custos e da operação do tráfego."
A escolha do traçado do trecho sul, segundo ele, minimizará os impactos na mancha urbana de São Paulo e do ABC, evitando milhares de desapropriações. Para isso, porém, além das interferências nos cursos d'água, a intenção é construir pilares de sustentação de pontes dentro da Billings e da Guarapiranga.
"Isso é muito preocupante. Há sedimentos no fundo da represa que não devem ser removidos", disse Carlos Bocuhy, da organização Billings Eu Te Quero Viva. "Não há problemas. A Anchieta e a Imigrantes também foram feitas assim", afirmou Pereira.
O presidente da Dersa disse acreditar que as obras do Rodoanel podem ser uma "barreira" para a expansão de ocupações dos extremos da região metropolitana. Ele afirmou ainda que a responsabilidade de evitar a instalação de moradias irregulares nas áreas de proteção de mananciais será do poder municipal. "As prefeituras terão de evitar a ocupação das margens. Elas serão orientadas sobre isso, terão todo o apoio, mas cabe à municipalidade fazer a fiscalização", afirmou Sergio Luiz Pereira (AI)


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