São Paulo, sábado, 03 de junho de 2006

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Promotoria defenderá a tese de que os três jovens planejaram juntos o crime

REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Promotoria vai defender perante os jurados a tese de que Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, pessoas capazes, independentes e conscientes de seus atos, idealizaram, planejaram e mataram o casal Marísia e Manfred von Richthofen em 2002 para ficar com os bens da família.
O duplo homicídio foi triplamente qualificado pelo promotor Roberto Tardelli, responsável pela acusação. Isso significa que, para a acusação, o crime foi praticado por motivo torpe (ficar com o patrimônio do casal), os réus utilizaram recurso que impossibilitou a defesa das vítimas (Marísia e Manfred estavam dormindo) e a morte foi por meio cruel (a pauladas).
Outras duas acusações que pesam sobre os réus são fraude processual (pela alteração da cena do crime para forjar latrocínio) e furto de jóias (só Cristian responde por esse crime).
Tardelli acredita que a condenação de Suzane e dos Cravinhos será inevitável, principalmente pelo fato de serem réus confessos. "Vamos discutir a pena e não a culpa", afirmou o promotor, que pretende pedir a punição máxima de 50 anos de detenção para cada um.
Segundo a acusação, as provas são as confissões e os laudos do IML, que se encaixam aos depoimentos. A Promotoria ressalta ainda que os acusados praticaram uma série de atos comprometedores, como o fato de Cristian ter comprado uma moto com dinheiro roubado na casa dos Richthofen.
Tardelli não vê conflito na defesa dos acusados, conforme alegam os advogados de Suzane. Para o promotor, não importa quem teve a idéia de praticar o crime, mas sim que houve convergência na conduta.


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