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Promotoria defenderá a tese de que os três jovens planejaram juntos o crime
REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Promotoria vai defender
perante os jurados a tese de que
Suzane e os irmãos Daniel e
Cristian Cravinhos, pessoas capazes, independentes e conscientes de seus atos, idealizaram, planejaram e mataram o
casal Marísia e Manfred von
Richthofen em 2002 para ficar
com os bens da família.
O duplo homicídio foi triplamente qualificado pelo promotor Roberto Tardelli, responsável pela acusação. Isso significa
que, para a acusação, o crime
foi praticado por motivo torpe
(ficar com o patrimônio do casal), os réus utilizaram recurso
que impossibilitou a defesa das
vítimas (Marísia e Manfred estavam dormindo) e a morte foi
por meio cruel (a pauladas).
Outras duas acusações que
pesam sobre os réus são fraude
processual (pela alteração da
cena do crime para forjar latrocínio) e furto de jóias (só Cristian responde por esse crime).
Tardelli acredita que a condenação de Suzane e dos Cravinhos será inevitável, principalmente pelo fato de serem réus
confessos. "Vamos discutir a
pena e não a culpa", afirmou o
promotor, que pretende pedir a
punição máxima de 50 anos de
detenção para cada um.
Segundo a acusação, as provas são as confissões e os laudos
do IML, que se encaixam aos
depoimentos. A Promotoria
ressalta ainda que os acusados
praticaram uma série de atos
comprometedores, como o fato
de Cristian ter comprado uma
moto com dinheiro roubado na
casa dos Richthofen.
Tardelli não vê conflito na
defesa dos acusados, conforme
alegam os advogados de Suzane. Para o promotor, não importa quem teve a idéia de praticar o crime, mas sim que houve convergência na conduta.
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