São Paulo, domingo, 03 de junho de 2007

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Governo do Rio descarta comparações

DA SUCURSAL DO RIO

O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirma que não é comparável a ação do Exército no Brasil com as tropas da ONU no Haiti.
"Lá, o Exército está pelas leis da ONU [Organização das Nações Unidas], agindo de uma maneira totalmente diferente de como age no Brasil. Esse é o grande diferencial."
Beltrame é contrário à utilização de tropas das Forças Armadas diretamente nas favelas.
Segundo ele, é necessário que a polícia atua exatamente na forma como a legislação atribui suas funções. Sem deixar claro exatamente que medidas o Estado está tomando, o secretário afirma que é necessário realizar um trabalho permanente.
"O militar tem função constitucional. Polícia é obrigação e dever do Estado. A Polícia Civil, a parte judiciária. A Militar, a ostensiva. Temos problemas. É inegável, o nosso baixo efetivo. (...) Não é pensar numa ação de guerra, bélica. Temos que pensar primeiramente na questão institucional e legal", disse o secretário.
Beltrame defende que as Forças Armadas atuem em vias expressas, onde criminosos costumam fazer bloqueios, e áreas próximas de quartéis no Rio.
O secretário afirma que tem uma estratégia de atuação para a crise.
"Temos que agir em todas as frentes de segurança pública, a curto prazo, a médio prazo e a longo prazo. A longo prazo seriam as medidas estruturais. A médio prazo, a consolidação de um serviço de inteligência e de integração entre as polícias. A curto prazo, aqui e agora, é buscar a ostensividade. Isso estamos fazendo diariamente. (...) As grandes ações que pretendemos são a consolidação das ações de médio e longo prazos porque entendemos que a população não pode mais esperar. (...) Por isso, temos que agir hoje multiplicando as ações da Polícia Militar no que diz respeito à ostensividade, enquanto tentamos alcançar nosso projeto de longo prazo", disse o secretário.


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