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Governo do Rio descarta comparações
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário estadual de
Segurança Pública do Rio
de Janeiro, José Mariano
Beltrame, afirma que não
é comparável a ação do
Exército no Brasil com as
tropas da ONU no Haiti.
"Lá, o Exército está pelas leis da ONU [Organização das Nações Unidas],
agindo de uma maneira totalmente diferente de como age no Brasil. Esse é o
grande diferencial."
Beltrame é contrário à
utilização de tropas das
Forças Armadas diretamente nas favelas.
Segundo ele, é necessário que a polícia atua exatamente na forma como a
legislação atribui suas funções. Sem deixar claro exatamente que medidas o
Estado está tomando, o secretário afirma que é necessário realizar um trabalho permanente.
"O militar tem função
constitucional. Polícia é
obrigação e dever do Estado. A Polícia Civil, a parte
judiciária. A Militar, a ostensiva. Temos problemas. É inegável, o nosso
baixo efetivo. (...) Não é
pensar numa ação de guerra, bélica. Temos que pensar primeiramente na
questão institucional e legal", disse o secretário.
Beltrame defende que
as Forças Armadas atuem
em vias expressas, onde
criminosos costumam fazer bloqueios, e áreas próximas de quartéis no Rio.
O secretário afirma que
tem uma estratégia de
atuação para a crise.
"Temos que agir em todas as frentes de segurança pública, a curto prazo, a
médio prazo e a longo prazo. A longo prazo seriam as
medidas estruturais. A
médio prazo, a consolidação de um serviço de inteligência e de integração
entre as polícias. A curto
prazo, aqui e agora, é buscar a ostensividade. Isso
estamos fazendo diariamente. (...) As grandes
ações que pretendemos
são a consolidação das
ações de médio e longo
prazos porque entendemos que a população não
pode mais esperar. (...) Por
isso, temos que agir hoje
multiplicando as ações da
Polícia Militar no que diz
respeito à ostensividade,
enquanto tentamos alcançar nosso projeto de longo
prazo", disse o secretário.
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