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Prefeitura veta ar-refrigerado nos novos ônibus em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo decidiu proibir o uso de ar-condicionado nos novos ônibus que
forem incorporados à frota do
transporte coletivo municipal.
A decisão da gestão Gilberto
Kassab (DEM) foi anunciada
ontem, durante a apresentação
da minuta do Manual de Padrões Técnicos da SPTrans. O
manual estabelece as normas
para a renovação da frota de
ônibus da capital.
De acordo com o secretário
dos Transportes, Frederico
Bussinger, vários fatores foram
levados em consideração para
proibir o uso de ar-condicionado, como o alto número de reclamações dos usuários que
não gostam do aparelho e a possibilidade de propagação de
doenças.
Em compensação, os ônibus
poderão ter janelas móveis.
Hoje, por questões de segurança, a parte inferior das janelas
precisa obrigatoriamente ser
fixa. Para permitir a mobilidade, a SPTrans incluiu nas normas a largura máxima de abertura das janelas, de forma a impedir que pessoas coloquem
parte do corpo para fora.
Bussinger não soube dizer o
número de ônibus com ar-condicionado em São Paulo. Afirmou apenas que são poucos.
Parte dos veículos que circulam
na avenida 23 de Maio, por
exemplo, têm o equipamento.
As normas da SPTrans entram hoje em consulta pública
e serão publicadas até o fim do
mês. O prazo para o envio de
sugestões ao manual vence no
dia 17. As medidas só valerão
para os ônibus comprados a
partir da publicação do manual.
Entre as inovações está a
obrigatoriedade da instalação
de um equipamento que limita
a velocidade e impede que o
ônibus circule com as portas
abertas.
Também passa a ser obrigatória em todos os veículos a reserva de espaço para deficientes físicos, cadeiras de rodas e
cão-guia de deficientes visuais.
São Paulo tem cerca de 15 mil
ônibus e microônibus em sua
frota do transporte coletivo.
Até o ano que vem, a previsão é
que 3.100 sejam renovados.
(EVANDRO SPINELLI)
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