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OURO PRETO
Acusados de matar estudante durante jogo de RPG são julgados
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Militar precisou
ser chamada para evitar tumultos durante o julgamento, em Ouro Preto (107 km de
Belo Horizonte), de quatro
acusados de participação no
assassinato de uma estudante durante um ritual em um
cemitério da cidade em 2001.
Os quatro são suspeitos de
matarem a jovem, que tinha
18 anos, durante uma partida
de RPG ("role-playing game"
ou jogo de interpretação), no
qual os jogadores vivem personagens que se relacionam
numa espécie de comunidade virtual.
Ontem foi o segundo dia
do julgamento. A PM reforçou o policiamento dentro e
fora do prédio onde ocorre a
sessão. Ruas foram interditadas e policiais colocados em
locais estratégicos da cidade.
Após o crime, Aline Silveira Soares foi encontrada
morta no cemitério, em cima
de um túmulo, com braços
abertos em forma de cruz e
os pés postados um sobre o
outro. O corpo tinha 17 marcas de perfurações.
A vítima, que era do Espírito Santo, viajou para Ouro
Preto para participar de tradicional festa organizada por
estudantes da cidade.
A mãe, Maria José Silveira
Soares, o irmão e uma tia de
Aline foram ouvidos ontem
durante o julgamento. Soares disse acreditar que os
quatro acusados tenham
participação no assassinato,
entre eles Camila Dolabella
Silveira, prima da vítima.
Na denúncia, oferecida à
Justiça em 2004, a Promotoria sustenta que os suspeitos
eram "praticantes de rituais
em cemitérios, adeptos de
seitas satânicas" e usuários
de drogas.
Em 2006, o Tribunal de
Justiça mineiro decretou a
prisão preventiva dos quatro, que hoje estão em liberdade, segundo a Promotoria.
Até o fechamento desta
edição, a reportagem não
conseguiu ouvir os advogados dos acusados. Não há
previsão para o término do
julgamento.
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