São Paulo, Sábado, 03 de Julho de 1999
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ADMINISTRAÇÃO
Prefeito quer que a Polícia Militar ajude na fiscalização
Pitta quer ajuda de Covas para fechar bar

da Reportagem Local

O prefeito Celso Pitta está tentando convencer o governo do Estado a apoiar o projeto de fechar os bares da cidade de São Paulo à 1h.
Ontem, o prefeito foi ao Palácio dos Bandeirantes para pedir ao governador Mário Covas que indicasse um representante da Secretaria da Segurança Pública para participar na terça-feira de um debate sobre o tema.
Pitta entende que, sem o apoio da Polícia Militar, não há como fiscalizar o cumprimento do projeto aprovado pela Câmara Municipal.
Nesse caso, o prefeito pode até vetar a proposta do vereador Jooji Hato (PMDB). Se isso ocorrer, a proposta volta para a Câmara, que pode derrubar o veto do prefeito por maioria absoluta dos votos.
O prefeito convidou também associações de bares e de moradores de bairro para a reunião, que foi marcada para as 10h da terça-feira.
Hato entende que o fechamento dos bares vai provocar a redução no número de homicídios na cidade, além de melhorar a qualidade de vida dos moradores de regiões como Vila Madalena e Pinheiros.
Somente poderão ficar abertos, segundo o projeto aprovado pela Câmara, os bares que tenham isolamento acústico, seguranças e estacionamento. Precisam também funcionar com as portas fechadas e "não podem atrapalhar o sossego público".
Após o encontro, Covas disse que vai enviar algum representante para a reunião. Afirmou, porém, que "todo o ativo da Secretaria de Segurança Pública teria de ser utilizado para fiscalizar os bares".

Privatização
Na reunião de ontem, Celso Pitta entregou ao governador um estudo feito por sua assessoria jurídica sobre a questão do serviço de abastecimento de água e de esgoto.
Pitta entende que, de acordo com a Constituição, o município tem o direito de gerenciar o sistema, hoje administrado pela Sabesp (órgão estadual).
O objetivo do prefeito é privatizar o serviço de abastecimento de água e de esgoto para, com o dinheiro arrecadado, resolver o problema da dívida municipal.
O governador afirmou que esse não é o seu entendimento, mas que está disposto a continuar debatendo o tema. "Em determinado instante, a discussão se resolverá no plano jurídico", afirmou Covas.


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