São Paulo, Sábado, 03 de Julho de 1999
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Investigação continua, diz delegado

da Reportagem Local

O delegado Marcelo Damas disse que decidiu não indiciar o estudante Frederico Carlos Jana Neto para "não cometer injustiça". Ele afirmou que as investigações sobre o caso continuam.
"Para não cometer injustiça, achei melhor ouvi-lo (Ceará) em declarações (como testemunha) e colocá-lo em liberdade", afirmou.
Segundo ele, as investigações durante os cinco dias em que o estudante permaneceu preso foram prejudicadas pela "retratação de testemunhas".
Nessas retratações, os indícios que o delegado afirmava ter contra Ceará ficaram enfraquecidas. Entre os indícios, uma carta que cita Ceará como participante de trote violento e denúncias anônimas sobre os supostos excesso praticados por veteranos no churrasco de recepção dos calouros.
"Infelizmente, as testemunhas começaram a se retratar. As provas começaram a ficar fracas", disse o delegado. Ele suspeita de um "pacto de silêncio" dos estudantes.
Marcelo Damas afirmou que trote violento ainda é a principal hipótese para a morte do calouro. "Continuaremos investigado todos os alunos, inclusive ele (Ceará)", afirmou o delegado.
Ele disse que o objetivo da prisão temporária era "conseguir mais provas" contra o estudante, o que não foi possível.
Damas negou as "torturas psicológicas" que Ceará disse ter sofrido. "Isso é um absurdo. Ele correria riscos se o tivéssemos mandado para um distrito policial."


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