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Em 10 anos, plano
de saúde antigo sobe
o dobro da inflação
Entidade de defesa do consumidor diz que reajustes impedirão cliente de ter convênio
RICARDO WESTIN
DE SÃO PAULO
As mensalidades dos planos de saúde individuais antigos (contratados até 1998)
chegaram a subir o dobro da
inflação na última década.
Segundo análise do Idec
(Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), os planos antigos de Sul América,
Bradesco Saúde e Itauseg
Saúde aumentaram 200%
entre 2000 e 2010. Os de Golden Cross e Amil, 165%.
O IPCA (índice oficial de
inflação) ficou em 105%.
Cerca 585 mil pessoas têm
esses planos de saúde.
"Os salários aumentam
mais ou menos conforme a
inflação. Se os planos sobem
bem mais que a inflação, a
população não consegue pagá-los", diz Daniela Trettel,
advogada do Idec.
Os planos individuais novos (contratados a partir de
1999) também superam a inflação -136% nos dez anos.
A ANS só pode fixar o reajuste de plano novo. Porém,
para evitar abusos, assinou
termos de compromisso com
as cinco operadoras para
seus planos antigos. Os contratos originais previam aumentos de até 80% por ano.
Para o Idec, mesmo com a
intermediação da agência, o
índice tem sido alto demais.
A ANS explica que a inflação da saúde é maior que a
inflação geral, por causa das
novas tecnologias médicas.
A Fenasaúde (entidade do
setor) alega que o reajuste é
mais alto porque esses planos antigos oferecem reembolsos maiores que os novos.
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