São Paulo, quarta, 3 de setembro de 1997.



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DOENÇA
Infectados com rotavirus incluem 400 bebês com até 2 anos
Epidemia de diarréia atinge 700 pessoas no oeste paulista

EDMILSON ZANETTI
em São José do Rio Preto

Uma epidemia de diarréia provocada pelo vírus rotavirus atingiu mais de 700 pessoas em dois municípios paulistas em um mês -dos quais pelo menos 400 são bebês com até dois anos.
O município de Andradina (680 km de SP) foi o mais atingido. Só em agosto, foram registrados 609 casos, 85 dos quais resultaram em internações hospitalares. Em Castilho (700 km de SP), no mesmo mês, foram constatados 93 casos.
Somando-se os registros de julho, os casos na região beiram mil, segundo a DIR (Direção Regional de Saúde) de Araçatuba.
A presença do rotavirus foi confirmada em exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.
O vírus, descoberto em 1973 na Austrália, foi diagnosticado no Brasil pela primeira vez em 1976, em Belém (PA), segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica da DIR de Araçatuba, Lucelena Monteiro Ramos Araújo, 39.
Os principais sintomas da doença são diarréia, vômito, febre alta, náusea e cólicas. Algumas crianças têm anorexia (perda de apetite).
A manifestação da doença dura de quatro a oito dias, segundo a enfermeira Maria Angela Canola Zacour de Azevedo, 33.
O vírus é transmitido por contato com fezes, via oral e, às vezes, por via respiratória -pode levar à morte, por desidratação. O tratamento é feito à base de hidratação. As principais recomendações são não consumir ovos trincados, ferver leite, lavar as mãos depois de ir ao banheiro e antes das refeições e desinfectar frutas e verduras com uma mistura de um litro de água e uma colher de água sanitária.



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