DA FOLHA CAMPINAS

O Ministério Público de Campinas denunciou e solicitou a prisão preventiva de sete policiais militares, entre eles um tenente, do 8º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior) por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar).
A denúncia e o pedido de prisão começaram a ser analisados ontem pelo juiz Maurício Guimarães Ferreira Filho, do Tribunal do Júri. Até as 19h de ontem, ele ainda não havia se manifestado sobre o caso. A Folha não teve acesso ao nome dos acusados nem de seus advogados, pois o processo está concluso com o juiz.
Apesar da denúncia, os sete PMs continuam atuando no patrulhamento de rua, conforme informou o comando da PM. Eles foram denunciados por terem supostamente matado o engenheiro Sérgio Henrique Prieto, 24, no último dia 19 de janeiro, em um condomínio fechado no distrito de Sousas, em Campinas.
Segundo o promotor Ricardo Silvares, autor da denúncia, o engenheiro chegou a ser levado para o Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), mas morreu -asfixiado por estrangulamento. Naquele dia, os PMs foram chamados pelos seguranças do condomínio onde Prieto teria participado de uma festa e se sentido mal, segundo o promotor. "Ele foi colocado no carro da PM. Como estava um pouco alterado, começou a se debater dentro do carro, e os policiais o retiraram do carro e o agrediram", disse o promotor.
Segundo a versão dos PMs, o engenheiro teria agredido os policias antes de ser detido.
Caso o juiz aceite a denúncia, os PMs responderão a um processo judicial. Se a prisão preventiva for decretada, os policiais serão encaminhados ao presídio militar Romão Gomes, em São Paulo.


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