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São Paulo, quarta-feira, 03 de setembro de 2003

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SEGURANÇA

Polícia prende colecionador que tinha metralhadoras e fuzis em casa

Arsenal militar é apreendido em SP

José Patrício/Folha Imagem
Parte do material apreendido com um colecionador de São Paulo, acusado de ser traficante de armas


DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil apreendeu um arsenal do Exército e identificou uma quadrilha, formada por pelo menos um uruguaio e três paulistas, que revendia armamentos para criminosos de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Nove metralhadoras de fabricação norte-americana e da época da Segunda Guerra Mundial, mas ainda em condição de uso, foram localizadas por policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) na casa de um colecionador, na zona sul de São Paulo.
Ele disse que comprou as metralhadoras, mais dois fuzis-metralhadoras, um fuzil e uma pistola em um leilão do Exército, realizado no Rio, em 2001. O colecionador não conseguiu explicar, segundo a polícia, por que também tinha duas submetralhadoras em casa, com numeração raspada.
O suspeito foi preso por porte ilegal de arma, mas, segundo a polícia, investigação feita nos últimos seis meses mostrou que ele faria parte de um esquema de tráfico de armamento. "A fachada de colecionador era usada para comercializar armas", afirmou o diretor do Deic, Godofredo Bittencourt.
Segundo Cássio Cardosi, professor de armamento e tiro da Academia da Polícia Civil, uma metralhadora apreendida ontem é comercializada entre os colecionadores por cerca de US$ 500. Mas o valor desse armamento pode chegar a US$ 15 mil no mercado negro, que tem como clientes quadrilhas de criminosos.
De acordo com o Deic, escutas telefônicas mostraram contatos entre o colecionador e um uruguaio que faria contrabando de armas para o Brasil por meio de caminhoneiros.
O colecionador venderia as armas para um homem que atuaria no Grajaú (zona sul) e seria responsável por repassar as armas para quadrilhas da região. Outro homem, que atuaria na Vila Alpina (zona leste), seria o principal cliente do colecionador e repassaria as armas para quadrilhas do Rio de Janeiro, segundo as investigações.


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