São Paulo, segunda-feira, 03 de setembro de 2007

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Caso dividiu-se em outro, dizem investigadores

DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha não conseguiu falar com Daniel Bialski, advogado de César Wesley Porcelli. Ele estava nos EUA, segundo seu pai, o também advogado Hélio Bialski. A Folha não conseguiu localizar os atuais advogados de Sérgio e Sandro Saconi.
No processo, os dois informaram que uma decisão judicial autorizava a infiltração em um caso e que este acabou se desdobrando em outra investigação.
O atual diretor do Denarc, Everardo Tanganelli, diz que o departamento não compra drogas nem infiltra policiais em grupos criminosos sem autorização judicial. Em nota enviada pela Secretaria de Segurança, ele afirma que o Denarc segue rigorosamente o que está previsto na lei nš 9.034, de 1995, a qual estabelece a obrigatoriedade de acompanhamento judicial nos casos de infiltração.
No caso dos policiais condenados, o departamento não tinha conhecimento da compra de drogas sem autorização judicial, segundo ele.
A nota informa que a cúpula do Denarc em 2004 (Ivaney Cayres, Tanganelli e Robert Leon Carrel) prestou depoimento sobre os três investigadores à Corregedoria, limitando-se a comentar a rotina dos policiais -não falaram sobre o crime "uma vez que não o presenciaram".
Ivaney, que hoje está na Academia de Polícia, informou por um assessor que nunca tentou impedir a prisão dos policiais. Ele diz que foi ele quem os prendeu e os entregou à PF. Ainda segundo o delegado, o Denarc nunca comprou drogas com dinheiro de verdade -só usava cédulas falsas.
Ivaney e Carrel não quiseram falar à Folha. A reportagem explicou a um assessor de Carrel que as conversas do delegado com um dos condenados seriam citadas. O assessor disse que a mãe do delegado estava doente e ele não falaria. (MCC e KT)


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