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Caso dividiu-se em outro, dizem investigadores
DA REPORTAGEM LOCAL
A Folha não conseguiu falar com Daniel Bialski, advogado de César Wesley Porcelli. Ele estava nos EUA, segundo seu pai, o também advogado Hélio Bialski. A Folha não conseguiu localizar
os atuais advogados de Sérgio e Sandro Saconi.
No processo, os dois informaram que uma decisão judicial autorizava a infiltração
em um caso e que este acabou se desdobrando em outra investigação.
O atual diretor do Denarc,
Everardo Tanganelli, diz que
o departamento não compra
drogas nem infiltra policiais
em grupos criminosos sem
autorização judicial. Em nota enviada pela Secretaria de
Segurança, ele afirma que o
Denarc segue rigorosamente
o que está previsto na lei nš
9.034, de 1995, a qual estabelece a obrigatoriedade de
acompanhamento judicial
nos casos de infiltração.
No caso dos policiais condenados, o departamento
não tinha conhecimento da
compra de drogas sem autorização judicial, segundo ele.
A nota informa que a cúpula do Denarc em 2004 (Ivaney Cayres, Tanganelli e Robert Leon Carrel) prestou
depoimento sobre os três investigadores à Corregedoria,
limitando-se a comentar a
rotina dos policiais -não falaram sobre o crime "uma
vez que não o presenciaram".
Ivaney, que hoje está na
Academia de Polícia, informou por um assessor que
nunca tentou impedir a prisão dos policiais. Ele diz que
foi ele quem os prendeu e os
entregou à PF. Ainda segundo o delegado, o Denarc nunca comprou drogas com dinheiro de verdade -só usava
cédulas falsas.
Ivaney e Carrel não quiseram falar à Folha. A reportagem explicou a um assessor
de Carrel que as conversas
do delegado com um dos
condenados seriam citadas.
O assessor disse que a mãe
do delegado estava doente e
ele não falaria.
(MCC e KT)
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