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Médicos criticam
projeto que cria
serviço de sangue
DA REPORTAGEM LOCAL
Projeto de lei que institui o sistema de sangue e hemoderivados
no Estado de São Paulo, aprovado
pela Assembléia Legislativa, não
foi discutido pela comunidade
científica e requer alteração antes
de ser sancionado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
É a opinião dos hematologistas
Dalton Chamone, presidente da
Fundação Pró-Sangue, Celso de
Campos Guerra, diretor do Centro de Hematologia de São Paulo,
Dante Langhi Jr., presidente da
Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, e de Paulo
Lotufo, diretor científico da Associação Paulista de Medicina, que
participaram de uma mesa-redonda na Folha, no último dia 26.
Uma das críticas é sobre o conteúdo do artigo 5º, que proíbe a
comércio de hemoderivados
(plasma, albumina etc.). Segundo
os especialistas, é impossível produzir essas substâncias sem custo.
Outra questão é o fato de o projeto colocar como competência do
novo sistema a fiscalização dos
hemocentros públicos e privados.
Segundo Langhi Jr., a função é
da Vigilância Sanitária, que, por
determinação do Sistema Único
de Saúde, deve ser municipalizada. Os especialistas não concordam com a justificativa do projeto, que atribui a necessidade da
criação do sistema ao "descaso do
atual governo". Para eles, o serviço é de "alta qualidade". José Cavalheiro, coordenador dos institutos de pesquisas da Secretaria
da Saúde, diz que, durante a regulamentação da lei, sugestões dos
médicos podem ser acatadas.
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