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Em dia de alta na Bovespa, ações da Gol caem 1,85% após acidente
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
JOÃO SANDRINI
DA FOLHA ONLINE
As ações preferenciais da Gol
fecharam em baixa de 1,85%
cotadas a R$ 73,61 em dia de alta na Bovespa com o segundo
turno nas eleições preferenciais. A queda nos papéis da
companhia aérea refletiu o impacto do acidente com o Boeing
737-800 na última sexta-feira e
que resultou na morte de 155
pessoas, entre tripulantes e
passageiros.
Segundo analistas ouvidos
pela Folha, apesar da proporção do acidente, o maior da história da aviação civil brasileira,
a imagem da Gol não deverá sofrer danos significativos. "O
impacto sobre a Gol será zero.
A queda de hoje [ontem] é natural após o acidente. Tudo indica que não foi um erro mecânico e portanto o efeito sobre a
imagem da companhia será
menor", disse um analista que
pediu para não ser identificado.
Na abertura do pregão de ontem, no entanto, os papéis abriram com baixa de quase 6% e
foram levados a leilão. Trata-se
de um procedimento adotado
na Bovespa quando um papel
excede a sua margem de oscilação. O papel é levado a leilão
para que seja efetuada uma
correção de preços. No caso da
Gol, a margem de oscilação é de
3%. Na mínima do dia, as ações
foram negociadas a R$ 71,51.
Segundo analistas, o mercado não deve repetir o comportamento verificado quando o
Fokker-100 da TAM caiu e matou 99 pessoas em 1996. As
ações da empresa chegaram a
cair à época 22% em um único
dia. As razões são o fato de
TAM e Gol concentrar praticamente 90% do mercado e a falta de indícios que responsabilizem a empresa pelo acidente.
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