São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2006

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Em dia de alta na Bovespa, ações da Gol caem 1,85% após acidente

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

JOÃO SANDRINI
DA FOLHA ONLINE

As ações preferenciais da Gol fecharam em baixa de 1,85% cotadas a R$ 73,61 em dia de alta na Bovespa com o segundo turno nas eleições preferenciais. A queda nos papéis da companhia aérea refletiu o impacto do acidente com o Boeing 737-800 na última sexta-feira e que resultou na morte de 155 pessoas, entre tripulantes e passageiros.
Segundo analistas ouvidos pela Folha, apesar da proporção do acidente, o maior da história da aviação civil brasileira, a imagem da Gol não deverá sofrer danos significativos. "O impacto sobre a Gol será zero. A queda de hoje [ontem] é natural após o acidente. Tudo indica que não foi um erro mecânico e portanto o efeito sobre a imagem da companhia será menor", disse um analista que pediu para não ser identificado.
Na abertura do pregão de ontem, no entanto, os papéis abriram com baixa de quase 6% e foram levados a leilão. Trata-se de um procedimento adotado na Bovespa quando um papel excede a sua margem de oscilação. O papel é levado a leilão para que seja efetuada uma correção de preços. No caso da Gol, a margem de oscilação é de 3%. Na mínima do dia, as ações foram negociadas a R$ 71,51.
Segundo analistas, o mercado não deve repetir o comportamento verificado quando o Fokker-100 da TAM caiu e matou 99 pessoas em 1996. As ações da empresa chegaram a cair à época 22% em um único dia. As razões são o fato de TAM e Gol concentrar praticamente 90% do mercado e a falta de indícios que responsabilizem a empresa pelo acidente.


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