São Paulo, segunda-feira, 03 de outubro de 2011

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Estudante avisou reitor de ameaças, diz família

Jovem morta por professor no DF teria mostrado mensagens ameaçadoras

Faculdade nega que tenha sido informada das ameaças; vítima tinha terminado um namoro com o professor

MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

A família da estudante de direito Suênia Sousa Faria, 24, morta na sexta passada pelo professor e ex-namorado, diz que ela procurou o reitor da faculdade onde estudava para contar que estava sendo ameaçada pelo ex.
Segundo a família, a vítima mostrou ao reitor do UniCEUB (Centro Universitário de Brasília), Getúlio Américo Lopes, as mensagens de texto ameaçadoras do professor Rendrik Vieira Rodrigues, 35.
"Ela mostrou as mensagens para o reitor porque estava com medo, mas nada foi feito", afirma Silene Sousa Faria, 34, irmã da vítima.
"O Rendrik acabou se afastando por alguns dias por conta própria, pois estava com medo do namorado da Suênia, que ameaçou bater nele", disse Silene. A estudante não registrou B.O.
O UniCEUB informou, por meio da assessoria de imprensa, que não há registro formal de nenhum encontro entre a estudante e o reitor.
Segundo a faculdade, o reitor ficou sabendo da existência de Suênia apenas após o crime. A coordenação e a diretoria do curso de direito também não foram procuradas por ela, diz a assessoria.
Suênia foi enterrada ontem em Taguatinga, cidade-satélite do Distrito Federal.

CRIME PASSIONAL
Inconformado com o fim do relacionamento de um ano, Rodrigues, que confessou o crime, segundo a polícia, matou a ex-namorada com três tiros no carro que ela dirigia, rodou pela cidade e depois entregou o corpo na delegacia, onde foi preso.
Há três meses, Suênia terminou com Rodrigues e reatou com um antigo parceiro.
"A mulher tem que ser respeitada. Tive dois casamentos e nunca precisei abusar de nenhuma mulher", afirmou o pai da estudante, Sinval Monteiro Faria, 62.
"Ele tirou tudo de mim. Quero a carteira de advogado dele cassada pela OAB."
A OAB do DF informou que Rodrigues pode ser impedido de advogar. Procurado, o advogado do professor, Andrew Farias, não quis falar.


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