São Paulo, sábado, 3 de outubro de 1998

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Girsz Aronson vai descansar no Guarujá

da Reportagem Local

O empresário Girsz Aronson, 81, dono da rede de lojas G. Aronson, foi descansar ontem no Guarujá, no dia seguinte à sua libertação do sequestro que durou 14 dias.
Segundo o sócio e cunhado de Aronson, Avraham Schwarts, o proprietário da rede de lojas viajou ontem pela manhã para o Guarujá (litoral paulista).
De manhã, o empresário disse à Folha, enquanto tomava café em seu apartamento, no centro da cidade, que pretendia voltar domingo para votar -ele não quis declarar o voto.
Aronson tomou café da manhã acompanhado de sua mulher, Naid, e elogiou o pão. "É a melhor baguete que já comi."
Girsz Aronson voltou a dizer que pretende retornar ao trabalho na segunda-feira, "depois de tomar um caldo verde, pela manhã".
O empresário disse que passará a entrar mais tarde na loja matriz da rede, na rua Conselheiro Crispiniano, no centro de São Paulo. "Em vez de chegar às 5h30, vou iniciar o trabalho às 6h30."
Avraham Schwarts disse que não houve melhora nas vendas ontem na loja matriz. "As vendas continuam as mesmas, o que melhorou foi o espírito dos vendedores."
Funcionários da loja disseram que amigos de Aronson procuraram o estabelecimento, pessoalmente ou por telefone, para ter informações sobre o primeiro dia do empresário após o sequestro.
Aronson foi levado no dia último 17, uma quinta-feira, quando lia jornais na sede da empresa.
O resgate de Aronson foi pago aos sequestradores por Gérson Aronson, filho do comerciante, que anteontem havia marcado uma entrevista coletiva para ontem, às 14h, na sede da empresa, mas não compareceu.
A entrega do dinheiro ocorreu na noite de quarta-feira, em um bar em Pinheiros (zona sudoeste).
No primeiro contato feito com os familiares, os sequestradores haviam exigido R$ 1 milhão em troca da vida de Aronson, segundo a versão da família.
Foi o filho Gérson que negociou o valor do resgate com os sequestradores. A negociação foi acompanhada pela polícia, segundo o delegado Maurício Soares Guimarães, da Delegacia Especializada Anti-Sequestro, que diz já ter suspeitos pelo crime.



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