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REMÉDIO
Empresa não tinha condições de higiene e armazenamento
Vigilância fecha distribuidora da Botica Ao Veado D'Ouro em SP
da Reportagem Local
A Vigilância Sanitária de São
Paulo interditou ontem uma distribuidora de matéria-prima da
Botica Ao Veado D'Ouro.
Segundo o diretor do núcleo cinco da Vigilância, Paulo Nakano,
que conseguiu ontem mandado de
busca e apreensão para vistoriar a
distribuidora, a empresa foi fechada por não ter apresentar condições de funcionamento.
Segundo a Vigilância, em abril
de 97, o então sócio Ricardo Garcia solicitou licença de funcionamento, que não foi concedida de
imediato porque a distribuidora
não apresentava as condições para
funcionar: não havia planta do local, condições de armazenamento,
higiene e controle de temperatura.
Segundo a Vigilância, foi dado
um prazo para que a empresa fizesse as reformas, mas em agosto
desse ano foi feita nova blitz, que
constatou que não havia sido feita
nenhuma reforma. Por isso, a Vigilância negou anteontem definitivamente a licença.
Segundo Nakano, a vistoria que
deve ocorrer hoje pretende checar
se a distribuidora funcionou no
período em que só era permitida a
abertura para a realização das reformas de adequação.
Nakano também pretende checar se a matéria-prima usada para
fabricar placebo chegou a ser retirada da distribuidora e levada ao
laboratório Veafarm, da Botica,
que produziu cerca de um milhão
de comprimidos sem efeito, que
foram colocados no mercado como Androcur. O placebo pode ter
acelerado a morte de dez pacientes
que faziam tratamento contra
câncer de próstata.
Os advogados da Botica não foram localizados até as 21h.
(CARLA CONTE)
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