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ADMINISTRAÇÃO
SP cobra taxa, mas não amplia a rede de luz
DO "AGORA"
Seis meses após o início da cobrança da Cosip (Contribuição
para Custeio de Serviços de Iluminação Pública) -a taxa da luz-,
a promessa feita pela prefeitura
paulistana de instalar 40 mil novos pontos de iluminação -a
maioria na periferia- ainda não
começou a ser cumprida.
Segundo previsão do Ilume
(Departamento de Iluminação
Pública), ligado à Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana, os novos postes beneficiariam
cerca de 3 milhões de pessoas que
circulam pela capital diariamente.
A taxa da luz começou a ser cobrada em maio último e toda a
renda deve ser aplicada em serviços de manutenção, melhoria e
ampliação da rede de iluminação.
A contribuição foi criada por lei
federal, aprovada pelo Congresso
Nacional no ano passado.
Em São Paulo, a cobrança foi regulamentada em dezembro. Imóveis residenciais pagam R$ 3,50
por mês; os não-residenciais, R$
11. Cerca de 300 mil imóveis são
isentos porque consomem menos
de 80 kWh por mês.
Dados do SEO (Sistema de Execução Orçamentária) mostram
que, no Orçamento de 2003, a
prefeitura destinou R$ 2,135 milhões (que subiu para R$ 6,872
milhões) à instalação de novos
pontos. Mas, segundo o SEO, ainda não foi gasto nenhum tostão.
O Ilume, porém, sustenta que os
planos já saíram do papel. Até a
semana passada, teriam sido investidos, segundo o departamento, R$ 10 milhões -R$ 8 milhões
pagos pela Eletropaulo, e o restante, pela prefeitura- na reforma de 11 mil pontos de luz.
A mudança inclui troca de lâmpadas, braços (peças que ligam o
poste às lâmpadas) e luminárias
de 84 ruas e avenidas importantes
em vários bairros da cidade.
Até a semana passada, essas
obras já teriam sido concluídas
em 70 instituições. A previsão é
que, até dezembro, 150 escolas sejam beneficiadas.
Atraso
O Ilume admite que os planos
para ampliação da rede de iluminação na capital estão atrasados.
O diretor Aurélio Pavão de Farias
atribuiu a demora a "questões
formais" na contratação dos serviços. "Até o fim deste mês esperamos escolher a empresa", disse.
Quando o trabalho começar, estima-se que sejam instalados, em
média, 3.200 pontos por mês. Segundo Farias, devem ser gastos
R$ 48 milhões.
Ele conta que, nos últimos dez
anos, não houve investimento na
manutenção nem na ampliação
da rede de iluminação. "Os 40 mil
pontos de luz que serão implantados atendem a pedidos acumulados nesse período", completa.
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