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São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003

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VIOLÊNCIA

Posto móvel da PM e unidade comunitária da GCM foram alvos de disparos; no ABC, granada foi atirada contra carro

Atentados contra bases policiais ferem 4

DA REPORTAGEM LOCAL

DO "AGORA"

Dois ataques a bases comunitárias de segurança -uma da Polícia Militar e outra da Guarda Civil Metropolitana- deixaram ontem quatro feridos em São Paulo. Um carro da PM que fazia ronda em Santo André, no ABC paulista, também foi atingido por uma granada, que não chegou a explodir.
Com esses, chegam a seis os atentados contra bases da PM e da GCM na região metropolitana em dois meses e meio. A Secretaria da Segurança Pública informou, às 23h15, que já tinha pistas dos autores dos três casos e que não havia indícios de que eles tenham sido praticados por um mesmo grupo ou facção criminosa.
O primeiro atentado aconteceu na madrugada de ontem. Um grupo de homens armados disparou mais de dez tiros contra uma base móvel da PM na rua Paim, Bela Vista, na região central, em frente a um prédio conhecido como "treme-treme".
Segundo moradores e trabalhadores da rua, a base foi instalada no local há dois anos, depois que a rua Paim foi considerada uma das mais violentas da capital paulista.
"Aqui tinha tiroteio quase todos os dias por causa do treme-treme", afirmou Adriano Silva, 37, porteiro, que se escondeu atrás de uma coluna para não ser atingido pelos disparos.
O soldado Silva Neto, da 3ª Companhia do 7º Batalhão da PM, estava na porta da base quando ocorreram os disparos. Foi atingido em uma das mãos por um tiro. Não conseguiu correr e foi ferido no braço e nas pernas.
Uma quinta bala atravessou o aparelho celular dele, que estava no bolso do colete, e ficou cravada no revestimento da roupa. Um segundo soldado -identificado apenas como Santana- estava dentro da base e não foi ferido.

Granada
Em Santo André (ABC paulista), no final da tarde de ontem, dois homens que estavam em uma Parati lançaram uma granada contra um carro da PM que fazia ronda na av. Industrial.
A granada -uma MK-20, usada por militares e capaz de explodir um carro- caiu sobre as pernas do PM que estava no banco do passageiro e, por motivo desconhecido, não explodiu.
Os homens chegaram a apontar um fuzil para os policiais, mas não houve perseguição.
O último ataque ocorreu por volta das 20h, em uma base comunitária da GCM, no Jardim Planalto, na região da Vila Prudente (zona leste). Ela foi metralhada por dois homens que estavam em um carro. Um guarda civil foi ferido na perna e outro, no pé. Um cachorro que ficava na base foi atingido e morreu.
Os criminosos fugiram, mas foram abordados em seguida por um PM. Eles reagiram. O policial foi ferido de raspão na cabeça.



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