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TERRENO PERIGOSO
Não há prazo para a liberação do edifício
Moradores de prédio interditado no Itaim são acomodados em flat
VICTOR RAMOS
DA REPORTAGEM LOCAL
"Pelo menos aqui o prédio não
está rachando." Para o gerente de
compras Paulo Márcio Lanzuolo,
33, o transtorno de arrumar as
malas às pressas e deixar o prédio
no Itaim Bibi interditado na terça-feira após um deslizamento de
terra no terreno vizinho foi amenizado pelo alívio de poder dormir sem o medo de ver as paredes
desmoronarem.
A família de Lanzuolo está entre
os cerca de 50 moradores dos 17
apartamentos que foram acomodados em um flat na rua Pedroso
Alvarenga, também na zona oeste, enquanto técnicos avaliam a
segurança do edifício interditado
pela prefeitura.
Na madrugada de domingo, um
desmoronamento em um terreno
vizinho -onde um edifício comercial estava sendo construído- provocou a queda de muros
e o surgimento de rachaduras no
prédio e em imóveis do entorno.
"No domingo, o barulho do
desmoronamento pareceu com o
de uma bomba. Na noite seguinte
tirei o colchão do quarto e coloquei na sala", afirmou Lanzuolo.
Outros moradores adotaram
estratégia semelhante. "Na noite
seguinte, dormi na sala, vestida e
perto da porta. Estava pronta para
sair correndo a qualquer momento. Fiquei com medo que tudo desabasse", diz Cléia Carvalho, 20,
que mora com a irmã.
Os custos estão sendo pagos pela construtora Bueno Neto Gestão
Imobiliária, responsável pela obra
do prédio comercial. O flat, que
possui uma piscina na cobertura,
tem diárias para um quarto duplo
em torno de R$ 150. Os moradores desalojados não sabem por
quanto tempo permanecerão lá.
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