São Paulo, sexta-feira, 03 de novembro de 2006

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TAM cancela a venda de passagens em todo o país

Medida foi tomada por causa da operação-padrão dos controladores de vôos

A companhia ainda não calculou o prejuízo e alerta que poderá suspender as vendas de novo se a situação não melhorar


André Porto/Folha Imagem
Bebê dorme sobre as bagagens enquanto espera com a família vôo no aeroporto de Congonhas


REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A TAM cancelou ontem a venda de passagens em todo o país para vôos nacionais e internacionais. A companhia aérea também reforçou as equipes em todos os aeroportos convocando os funcionários que estavam de folga.
A medida de emergência foi uma forma de amenizar os transtornos causados pela operação-padrão dos controladores de vôos em Brasília.
Segundo a assessoria da empresa, a TAM ainda não sabe o prejuízo que terá e alerta que, nos próximos dias, poderá suspender as vendas novamente se a situação nos aeroportos não melhorar. No call center da empresa, o atendente confirmou a suspensão nas vendas de passagens para viagens ontem. Mas para hoje, a compra poderia ser feita pelo sistema.
A iniciativa da TAM antecipa a proposta da Fundação Procon de São Paulo, que vai propor hoje um plano de emergência às companhias aéreas.
A entidade sugere a redução da emissão de bilhetes e até a suspensão de venda de passagens, o aumento do número de funcionários e a divulgação de comunicados nos aeroportos.
Segundo a diretora executiva do Procon, Marli Sampaio, um ofício convocando para uma reunião de emergência será enviado ainda hoje para as companhias aéreas. A hora e o local ainda não foram definidos.
Há uma semana, passageiros enfrentam atrasos nos vôos em diversos aeroportos do país. A situação atinge todas as companhias aéreas. A diretora do Procon orienta que os passageiros guardem qualquer tipo de documento que possa comprovar o tempo em que a pessoa ficou no aeroporto e as notas de despesas extras que vier a ter com alimentação ou transporte.

Ação
O Procon de São Paulo estuda entrar com uma ação civil pública contra as companhias aéreas que não estiverem cumprindo a lei e dando assistência aos passageiros. Além do ressarcimento pelos danos morais e materiais, as empresas poderão pagar multa que varia de R$ 218 a R$ 3 milhões. Para fundamentar a ação coletiva, a fundação está recebendo reclamações de quem teve problemas nos aeroportos do Estado.


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