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MEGATRAFICANTE
PF apura tentativa de extorsão sofrida por empregada de Abadía
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal investiga
a tentativa de extorsão que a
empregada doméstica do
megatraficante colombiano
Juan Carlos Ramirez Abadía,
44, teria sofrido há cerca de
onze dias. O colombiano foi
preso em 7 de agosto em uma
mansão num condomínio de
luxo em Aldeia da Serra, Barueri (Grande SP), onde essa
mesma mulher trabalhava.
Segundo policiais federais
que investigaram Abadía no
Brasil, a empregada, cuja
identidade é mantida em sigilo, os procurou para relatar
que seu apartamento, localizado em um prédio de Santo
André (ABC paulista), foi invadido por dois homens.
No depoimento à PF, a empregada de Abadía afirmou
que os dois homens invadiram o seu apartamento pela
janela e a amarraram e amordaçaram com lençóis.
Durante o tempo em que
foi mantida refém, os dois
homens exigiam que ela dissesse onde estava o dinheiro
que eles acreditavam ter sido
deixado pelo megatraficante.
Depois de ouvir o depoimento da doméstica de Abadía, os policiais federais enviaram o caso às cúpulas das policias Federal e Civil de
São Paulo e também ao juiz
da 6ª Vara Criminal Federal,
Fausto Martin de Sanctis,
para que todos acompanhassem as investigações sobre a
tentativa de extorsão.
Delegado
Preso ao lado de outros oito policiais dia 23 de outubro
acusado de roubo, extorsão e
tortura contra supostos traficantes de Campinas (95
quilômetros de São Paulo), o
delegado Pedro Luís Pórrio,
58, foi reconhecido anteontem por três aliados do megatraficante colombiano como um dos cinco policiais civis paulistas que também os
teria extorquido.
Além de Pórrio, foram reconhecidos o chefe de investigadores Hélio Basílio dos
Santos, o agente policial do
Detran Severino Amâncio da
Silva e Rubens Valério Barbeiro, que era do Denarc. O
quinto policial não teve a
identidade revelada.
O defensor de Pórrio, Daniel Bialski, não foi encontrado ontem pela Folha para
falar sobre o reconhecimento pessoal feito pelos criminosos. Os advogados do
agente Silva, do investigador
Barbeiro e do chefe de investigadores Santos também
não foram localizados.
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