São Paulo, sábado, 03 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MEGATRAFICANTE

PF apura tentativa de extorsão sofrida por empregada de Abadía

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal investiga a tentativa de extorsão que a empregada doméstica do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, 44, teria sofrido há cerca de onze dias. O colombiano foi preso em 7 de agosto em uma mansão num condomínio de luxo em Aldeia da Serra, Barueri (Grande SP), onde essa mesma mulher trabalhava.
Segundo policiais federais que investigaram Abadía no Brasil, a empregada, cuja identidade é mantida em sigilo, os procurou para relatar que seu apartamento, localizado em um prédio de Santo André (ABC paulista), foi invadido por dois homens.
No depoimento à PF, a empregada de Abadía afirmou que os dois homens invadiram o seu apartamento pela janela e a amarraram e amordaçaram com lençóis.
Durante o tempo em que foi mantida refém, os dois homens exigiam que ela dissesse onde estava o dinheiro que eles acreditavam ter sido deixado pelo megatraficante.
Depois de ouvir o depoimento da doméstica de Abadía, os policiais federais enviaram o caso às cúpulas das policias Federal e Civil de São Paulo e também ao juiz da 6ª Vara Criminal Federal, Fausto Martin de Sanctis, para que todos acompanhassem as investigações sobre a tentativa de extorsão.

Delegado
Preso ao lado de outros oito policiais dia 23 de outubro acusado de roubo, extorsão e tortura contra supostos traficantes de Campinas (95 quilômetros de São Paulo), o delegado Pedro Luís Pórrio, 58, foi reconhecido anteontem por três aliados do megatraficante colombiano como um dos cinco policiais civis paulistas que também os teria extorquido.
Além de Pórrio, foram reconhecidos o chefe de investigadores Hélio Basílio dos Santos, o agente policial do Detran Severino Amâncio da Silva e Rubens Valério Barbeiro, que era do Denarc. O quinto policial não teve a identidade revelada.
O defensor de Pórrio, Daniel Bialski, não foi encontrado ontem pela Folha para falar sobre o reconhecimento pessoal feito pelos criminosos. Os advogados do agente Silva, do investigador Barbeiro e do chefe de investigadores Santos também não foram localizados.


Texto Anterior: Trecho do discurso
Próximo Texto: Violência: Relator da ONU fará visita a quatro estados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.