São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004

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Escolhido é acionista de prestadora de serviço

DA REPORTAGEM LOCAL

Escolhido como titular da Secretaria de Infra-Estrutura de São Paulo -que concentrará as maiores obras da cidade-, Antonio Arnaldo de Queiroz e Silva é acionista de uma prestadora de serviço da prefeitura, a Ductor Implementação de Projetos.
Atualmente, a empresa gerencia e dá assessoria técnica a programas da Secretaria da Habitação.
Afirmando que o prefeito eleito, José Serra, tem conhecimento de sua participação na empresa, Antonio Arnaldo diz que não vê incompatibilidade, ainda que a Ductor venha a disputar licitações no âmbito da futura secretaria. "O que é possível a qualquer empresa será possível à Ductor. Não haverá exceção", diz ele, insistindo que a empresa atua dentro da lei.
O secretário repete que deixou, há dois anos, o conselho da empresa e que há cinco anos não integra sua diretoria. "Sou simplesmente um acionista. Não administro a Ductor." Ele disse que não há qualquer contrato com a secretaria que comandará. "Pelo que me consta, prestamos serviço à Secretaria da Habitação. Não vejo problema, desde que seja legal."
A Ductor já teve em seu quadro de acionistas o governador Mário Covas, que morreu em março de 2001, e o ex-secretário estadual de Transportes Michael Zeitlin. Há três anos, pelo fato de já ter tido tucanos como proprietários, a empresa foi o centro de uma polêmica por causa do contrato de R$ 6 milhões que detinha com o governo do Estado, para supervisionar obras do Rodoanel.
A Ductor também mantém contratos para supervisão de obras do governo Geraldo Alckmin (PSDB) no Estado e em prefeituras do interior paulista.


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