As duas vítimas foram rendidas por assaltantes por volta da 0h de ontem, ao entrar em casa, na zona leste de São Paulo

Após o cerco montado pela polícia, Edson Cocchi foi liberado às 15h30 e sua mulher, Priscila, às 17h45; os ladrões foram presos

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de quase 18 horas de tensão, terminou no final da tarde de ontem o cerco das Polícias Militar e Civil a uma casa na zona leste de São Paulo, onde um casal foi mantido refém por três assaltantes -dois homens e uma mulher. Sete tiros foram disparados pelos criminosos -dois deles mataram o cachorro de guarda da família.
O último refém foi libertado às 17h45, após 16 horas de negociação entre o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) da PM e os ladrões. Em seguida, os policiais invadiram o imóvel e dois ladrões armados se renderam e foram presos. A mulher que participou do crime já havia se entregado às 13h30.
Segundo a PM, o trio pretendia roubar dinheiro e o carro do empresário Edson Cocchi, 40, e de sua mulher, a advogada Priscila Cocchi, 38. O casal foi abordado ao estacionar o Renault Clio no portão de casa, no Jardim São Carlos, por volta da 0h de ontem. Edson foi solto às 15h30 e Priscila, às 17h45. O secretário da Segurança, Ronaldo Marzagão, esteve no local.
O coronel Joviano Conceição Lima, da Tropa de Choque da PM, disse que os ladrões agrediram Priscila com tapas. "Eles jogaram álcool no quarto em que ela estava e ameaçaram botar fogo. Quando ela já estava só, pediram para ligar o carro para sair com eles. Foi a situação mais tensa", afirmou Lima.
Cinco minutos antes da libertação de Priscila, um tiro foi disparado para o alto por um dos assaltantes -ele exigia coletes à prova de balas PM para se entregar. Não foi atendido.
Pelo menos outros seis tiros foram disparados: um durante a tarde, sem que ninguém fosse ferido, e cinco durante a madrugada -dois atingiram o rottweiler Titã, que morreu.
Os vizinhos do casal chamaram a polícia após escutarem os disparos na madrugada. Um carro da PM chegou ao local uma hora e meia depois.
Um policial entrou na casa e disse ter visto um dos assaltantes puxar a advogada pelos cabelos. Ele teria mandado o assaltante soltá-la. O ladrão deu dois tiros no chão e um na direção do policial, que não se feriu.
Os três assaltantes são Fernando dos Santos Crestane, 24, (foragido desde que não voltou de uma saída temporária da cadeia, onde cumpria pena por assalto), Sidnei Antônio de Oliveira, 32 (que já cumpriu pena), e Rosângela Brito de Oliveira, 27, irmã de Sidnei.
O Gate e a Força Tática, ambos da Polícia Militar, e o GER (Grupo Especial de Resgate) e o GOE (Grupo de Operações Especiais), da Polícia Civil, foram ao local e interditaram a rua.
Para se entregarem, os criminosos exigiram a presença da imprensa, de familiares, de um advogado e de um pastor.


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