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Com chuva e ventania fortes, árvore cai e mata motorista
A queda ocorreu na altura da ponte da Vila Maria, no sentido Penha, na marginal Tietê
Temporal também deixou quatro regiões da cidade em alerta, além de afetar o trânsito; alagada, uma estação do metrô foi fechada
Jorge Araújo/Folha Imagem
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Carro destruído por árvore que caiu após temporal, na zona norte
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
DO "AGORA"
O forte temporal com ventos
de até 81,7 km/h em São Paulo
ontem provocou alagamentos
na cidade e fez o rio Tietê transbordar. Na pista local da marginal, diversas árvores caíram sobre sete carros com dez passageiros. Um deles, o comerciante
Antonio Pereira Lousa, 74,
morreu atingido por um tronco.
A chuva também deixou quatro regiões da cidade em estado
de alerta, causou apagões em
vários bairros e afetou o trânsito e a circulação de trens e do
metrô. A estação Jardim São
Paulo (linha azul) foi fechada
por conta de um alagamento na
entrada; na Sé, houve tumulto.
Na zona leste, região mais
castigada pela chuva, um barranco deslizou e uma casa caiu
no ribeirão do Jacu, na região de
Itaquera. Segundo moradores,
havia um menino na residência
que está desaparecido.
A queda das árvores na marginal ocorreu na altura da ponte
da Vila Maria, no sentido Penha
(zona norte). Segundo testemunhas, elas haviam sido plantadas recentemente, depois das
obras da nova pista da marginal.
Nem a Subprefeitura da Mooca nem a Secretaria das Subprefeituras respondeu sobre a manutenção da vegetação no local.
Com água na altura da cintura, motoristas e passageiros do
carros atingidos pelos troncos
tiveram de ser resgatados pelo
vidro. Um veículo da Rota, da
Polícia Militar, que passava por
ali também foi esmagado pelas
árvores. Ficou totalmente destruído.
"A sorte foi que meu filho não
estava no centro do carro", disse
a consultora Adelene Godoy
Lins, 48, que estava com uma
criança de oito anos em um dos
veículos atingidos. Ela teve de
ser retirada pela janela.
"O velho era cheio de saúde,
andava para cima e para baixo e
nunca deixou de usar o cinto de
segurança", disse David Lousa,
31, filho do comerciante morto.
Apagão
Segundo a AES Eletropaulo,
faltou energia em ruas de bairros como Brás, Mooca, Tatuapé, Ipiranga, Aclimação e Planalto Paulista, Luz, Cambuci,
Bom Retiro e Saúde.
A concessionária disse que o
trânsito carregado e os pontos
de alagamento atrapalharam o
deslocamento das equipes que
fariam os reparos técnicos.
Até as 22h30, o apagão continuava, sem previsão do restabelecimento de luz.
O rio Tietê transbordou e alagou a marginal na altura da
ponte do Limão até a saída para
a via Dutra, nos dois sentidos.
Foi o 43º dia seguido de chuva na cidade, diz o CGE (Centro
de Gerenciamento de Emergências) da prefeitura. As pancadas de chuva, novamente, foram provocadas pelo calor intenso. Ontem, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia)
registrou 32,2 C. A ventania de
81,7 km/h na cidade foi "fortíssima", segundo a Secretaria
Nacional de Defesa Civil, e causou os estragos de ontem.
(ALENCAR IZIDORO, RICARDO GALLO e VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO)
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