São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011

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Área do shopping Frei Caneca crescerá 25%

Obras mobilizam moradores, que temem o impacto no trânsito; rua já chega a parar, mesmo em fins de semana

Número total de lojas passará de 140 para 168; conclusão das obras deve acontecer em outubro de 2012

Mateus Bruxel/Folhapress
Área onde serão as obras do shopping Frei Caneca; (à esq.) edifício em que moradores temem ter a luz do sol bloqueada

JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO

O shopping Frei Caneca (região central) ficará 25% maior a partir de outubro de 2012. As obras de fundação já se iniciaram nos fundos do empreendimento, onde antes havia um estacionamento descoberto e uma saída para a rua Itararé.
De acordo com a assessoria de imprensa do shopping, serão ampliados os cinco pisos de estacionamento, os dois do centro de convenções, a praça de alimentação e os pisos de lojas.
Após a ampliação, o shopping passará de 140 para 168 lojas. Três delas serão lojas âncora (magazines e lojas de departamentos que têm público cativo).
O estacionamento, hoje com 1.000 vagas, ganhará mais 200. As novas vagas já fazem parte das exigências feitas pela prefeitura para aprovação do projeto, segundo o shopping.
Vizinhos do local já estão se mobilizando, dizendo-se preocupados com o aumento do tráfego, que já é intenso. A rua chega a parar, até mesmo no fim de semana.
Em frente ao empreendimento, já estão em fase de conclusão quatro prédios residenciais, todos com mais de 25 andares, que intensificarão ainda mais o fluxo de veículos na região.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) não informou a estimativa de carros que a região irá ganhar, mas listou as contrapartidas que esses empreendimentos terão de realizar para amenizar o impacto no tráfego.
Serão revitalizadas placas de sinalização, rebaixadas as guias, instalados semáforos de pedestres e modernizados semáforos para carros em ruas como Peixoto Gomide e Dona Antonia de Queirós.

SEM SOL, COM RUÍDO
Os moradores do condomínio residencial Genéve, que fica ao lado do shopping, estão preocupados com outro possível problema da obra: a falta de incidência de sol e de circulação de ar em sua fachada dos fundos.
Os condôminos querem que o projeto da ampliação seja modificado de forma que a obra não enclausure os fundos do edifício.
"Não queremos que a obra seja embargada, apenas que seja feita uma modificação no projeto que garanta que não percamos a incidência da luz do sol e a ventilação", diz José Alberto Pavani, síndico do condomínio.
Ele acionou a promotoria de Habitação e Urbanismo, abrir inquérito para investigar se há irregularidades nas obras do shopping.
Outros vizinhos se queixam do barulho noturno que o empreendimento gera devido à movimentação de carga e descarga.
O arquiteto Rodrigo Azevedo, 34 é vizinho de parede das docas do shopping desde 2006 e sofre com o barulho.
Ele criou um blog onde posta registros em foto e vídeo dos diversos transtornos sonoros causados pelo local.
"O barulho aqui é constante o dia todo, por isso colocamos uma fonte na varanda para abafar esse ruído."


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