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Andrade era DJ
de manicômio
da Sucursal do Rio
Nas tardes de sábado, Marcelo
Costa Andrade comandava bailes
de forró no Hospital Psiquiátrico
Heitor Carrilho, no complexo penitenciário da Frei Caneca (Catumbi, região central do Rio).
Ele era o DJ do manicômio judiciário. Segundo os médicos, fazia
parte do tratamento psiquiátrico.
Um funcionário do Desipe (Departamento de Sistema Penitenciário), que pediu para não ser
identificado, contou que ele era
calmo e considerado de conduta
exemplar. Segundo o funcionário,
Andrade explicava que matava
crianças porque ouvia vozes que
diziam que ele deveria mandar almas inocentes para Deus.
Segundo relato obtido pelo delegado Paulo Maiato, subchefe de
Polícia Civil, o quadro psiquiátrico
de Andrade não evoluiu durante o
período em que ficou preso.
De acordo com os médicos do
manicômio judiciário, ele é um
psicopata e pode voltar a atacar.
``Ele foi julgado por homicídio.
O júri concluiu que era maluco e
ele foi condenado à reclusão não
inferior a três anos'', disse Maiato.
Depois de cumprir pena, ele fez
exames para ver se poderia deixar
o manicômio. ``Os médicos concluíam que ele devia continuar.''
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