São Paulo, terça, 4 de fevereiro de 1997.

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Andrade era DJ de manicômio

da Sucursal do Rio

Nas tardes de sábado, Marcelo Costa Andrade comandava bailes de forró no Hospital Psiquiátrico Heitor Carrilho, no complexo penitenciário da Frei Caneca (Catumbi, região central do Rio).
Ele era o DJ do manicômio judiciário. Segundo os médicos, fazia parte do tratamento psiquiátrico.
Um funcionário do Desipe (Departamento de Sistema Penitenciário), que pediu para não ser identificado, contou que ele era calmo e considerado de conduta exemplar. Segundo o funcionário, Andrade explicava que matava crianças porque ouvia vozes que diziam que ele deveria mandar almas inocentes para Deus.
Segundo relato obtido pelo delegado Paulo Maiato, subchefe de Polícia Civil, o quadro psiquiátrico de Andrade não evoluiu durante o período em que ficou preso.
De acordo com os médicos do manicômio judiciário, ele é um psicopata e pode voltar a atacar.
``Ele foi julgado por homicídio. O júri concluiu que era maluco e ele foi condenado à reclusão não inferior a três anos'', disse Maiato.
Depois de cumprir pena, ele fez exames para ver se poderia deixar o manicômio. ``Os médicos concluíam que ele devia continuar.''

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