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Em Maceió, 16 bebês morrem em um mês
DA AGÊNCIA FOLHA
Dezesseis bebês morreram na
UTI neonatal do Hospital Universitário (HU), em Maceió, no mês
de fevereiro. O local tem capacidade para atender dez bebês, mas
chega a receber 19 crianças.
Para o diretor-geral do HU,
João Macário, a superlotação aumenta a possibilidade de morte
dessas crianças, que estão em situação de risco. Das 16 crianças
que morreram, 11 pesavam menos de 1,5 kg. "Quando se tem instalações físicas, pessoal e equipamento para trabalhar com dez
[crianças] e se extrapola para 11
ou 12, já vira um sufoco", disse.
O anúncio do aumento no número de mortes de recém-nascidos foi feito pela direção do HU
em meados de fevereiro. Nos dez
primeiros dias do mês, sete bebês
já haviam morrido. Em fevereiro
de 2003, o número foi de dez bebês mortos para 47 atendimentos.
Exames microbiológicos feitos
pela Vigilância Sanitária de Maceió descartaram a possibilidade
de infecção. Já o secretário da Saúde do Estado, Álvaro Machado,
disse que a superlotação não contribuiu para a morte dos bebês,
segundo investigação feita pelos
técnicos da própria secretaria.
Para o secretário, houve uma
concentração de casos de crianças
de baixo peso, cuja possibilidade
de morte é grande.
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