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Polícia continua
a apuração de
61 mortes em SP
DA REDAÇÃO
A Polícia Civil e a Polícia
Federal continuam investigando as mortes por envenenamento de 61 animais do
Zoológico de São Paulo.
As primeiras mortes foram divulgadas pelo zôo no
dia 6 de fevereiro, quando o
parque informou que sete
animais do zoológico e três
do Zôo Safari haviam morrido desde 24 de janeiro.
Até então, exames toxicológicos mostravam que oito
deles haviam sido envenenados por um tipo de raticida.
A instituição pediu abertura
de inquérito e reforçou a segurança do local.
Peritos procuram, no dia
10 de fevereiro, no zoológico
e no Zôo Safari, sinais das
substâncias tóxicas. Foram
encontrados dois quilos de
veneno contra ratos, além de
fezes azuladas de ratos nas
jaulas das antas.
A investigação policial indica que o envenenamento
foi um crime doloso (com
intenção). No dia 22 de fevereiro, a polícia divulgou que
os animais podem ter sido
envenenados por um coquetel de substâncias tóxicas,
mas que ainda era insuficiente para definir se as mortes tinha sido intencionais.
Na opinião de especialistas
em toxicologia veterinária, a
possibilidade de envenenamento acidental é bastante
improvável.
Até ontem, 61 animais tinham morrido envenenados. Foram mortos 42 porcos-espinhos, que faziam
parte de um lote de 50 que
deveriam ser leiloados. Além
deles, foram envenenados,
no total, quatro dromedários, quatro micos-leões-dourados, três antas, três
chimpanzés, dois macacos-caiarara, um elefante, um
orangotango e um bisão.
Uma seringa com agulha
encontrada anteontem no
local destinado aos porcos-espinhos reforçou a tese de
crime doloso. A polícia investiga oito pessoas, entre
funcionários do zôo e de
uma empresa terceirizada.
O Zoológico de São Paulo
passou por uma crise institucional em 2001, quando a
atual direção, ao assumir o
comando da entidade, frustrou a idéia de criação de um
parque temático que uniria
o zôo ao Simba Safari -extinto naquele ano.
As mortes começaram na
véspera da recondução do
atual presidente do conselho
superior do parque, Paulo
Bressan, ao cargo.
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