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BARBARA GANCIA
Nos EUA, brincar de médico pode dar 20 anos de cana
A semana vai chegando ao
fim com um chorrilho de
manchetes positivas: "País libera
uso de células de embrião" (já
pensou se o primeiro Nobel tapuia
vier das pesquisas de células-tronco?), "Severino desiste de aumentar salários" e "Inflação cai em
São Paulo e atinge menor taxa em
cinco meses".
Para fechar o domingo com chave de ouro, só falta agora o governo admitir que o aumento da contribuição dos prestadores de serviço é a morte da galinha dos ovos
de ouro.
Quando surgiu o estatuto da microempresa, o imposto para prestadores variava entre 3% e 10%.
De lá para cá, jornalistas, médicos
e demais autônomos viram a contribuição subir para 14% e, depois,
para 32%. A traiçoeira medida
provisória 232, empurrada na surdina, fará a mordida chegar a
40% sobre o lucro presumido.
Tem-se a impressão de que o governo está tentando forçar a mão
para ver o dono de microempresa
voltar na marra para a carteira de
trabalho assinada. Mas, no futuro, quem vai engolir a balela de
um milhão de novos empregos
criados, quando a sociedade já sabe que eles surgiram na base da
coação?
Glória Perez, autora da nova novela das oito, "América", diz estar
sendo vítima de agressões via e-mail por parte de defensores de
animais que não querem ver os
rodeios retratados na novela.
Alô, Glória Perez! Em vez de generalizar e derramar lágrimas de
elefante, que tal ouvir associações
como o Fórum de Defesa Animal,
que já tentou sem sucesso conversar com a senhora sobre os maus-tratos a que a bicharada é submetida nos rodeios?
Sou contemporânea de Michael
Jackson e cresci ouvindo suas músicas. Gosto de muitas, mas não a
ponto de me considerar sua fã. Na
condição de admiradora acidental de Michael Jackson, eu pergunto: por acaso, ele estuprou, maltratou ou surrou o tal menino com
cara de modelo da Calvin Klein,
cuja mãe acusa o cantor de ter
molestado sexualmente? Não há
qualquer evidência de violência
gráfica. Pois não será excesso de
puritanismo querer que o exótico
Jackson passe 20 anos em cana por
ter brincado de médico com um
rapagão de 13 anos?
Na onda do filme "O Aviador",
vale lembrar que o Brasil já teve
seu Howard Hughes. Nos anos 40,
o playboy Francisco (Baby) Pignatari produziu o Paulistinha,
maior sucesso da aviação comercial brasileira de todos os tempos.
QUALQUER NOTA
Nelas, tudo bem
Uma especialista em moda
consultada por esta coluna diz
que as únicas duas categorias
que podem se dar ao luxo de
usar o vestido modelo império
(a popular bata), que Gisele
Bündchen desfilou na festa do
Oscar, são: mulheres grávidas
e... Gisele Bündchen!
Tapuia no pedaço
Carlos Eddé, membro da oposição libanesa que, na última
quarta-feira falou longamente à
CNN sobre a retirada das tropas sírias do Líbano, nasceu e
foi criado em Sampa. E vem a
ser irmão de Emile Eddé, o "bebe quieto" dos anúncios do uísque Drury's, morto em 1986.
@ - barbara@uol.com.br
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