São Paulo, sexta-feira, 04 de março de 2005

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BARBARA GANCIA

Nos EUA, brincar de médico pode dar 20 anos de cana

A semana vai chegando ao fim com um chorrilho de manchetes positivas: "País libera uso de células de embrião" (já pensou se o primeiro Nobel tapuia vier das pesquisas de células-tronco?), "Severino desiste de aumentar salários" e "Inflação cai em São Paulo e atinge menor taxa em cinco meses".
Para fechar o domingo com chave de ouro, só falta agora o governo admitir que o aumento da contribuição dos prestadores de serviço é a morte da galinha dos ovos de ouro.
Quando surgiu o estatuto da microempresa, o imposto para prestadores variava entre 3% e 10%. De lá para cá, jornalistas, médicos e demais autônomos viram a contribuição subir para 14% e, depois, para 32%. A traiçoeira medida provisória 232, empurrada na surdina, fará a mordida chegar a 40% sobre o lucro presumido.
Tem-se a impressão de que o governo está tentando forçar a mão para ver o dono de microempresa voltar na marra para a carteira de trabalho assinada. Mas, no futuro, quem vai engolir a balela de um milhão de novos empregos criados, quando a sociedade já sabe que eles surgiram na base da coação?
 
Glória Perez, autora da nova novela das oito, "América", diz estar sendo vítima de agressões via e-mail por parte de defensores de animais que não querem ver os rodeios retratados na novela.
Alô, Glória Perez! Em vez de generalizar e derramar lágrimas de elefante, que tal ouvir associações como o Fórum de Defesa Animal, que já tentou sem sucesso conversar com a senhora sobre os maus-tratos a que a bicharada é submetida nos rodeios?
Sou contemporânea de Michael Jackson e cresci ouvindo suas músicas. Gosto de muitas, mas não a ponto de me considerar sua fã. Na condição de admiradora acidental de Michael Jackson, eu pergunto: por acaso, ele estuprou, maltratou ou surrou o tal menino com cara de modelo da Calvin Klein, cuja mãe acusa o cantor de ter molestado sexualmente? Não há qualquer evidência de violência gráfica. Pois não será excesso de puritanismo querer que o exótico Jackson passe 20 anos em cana por ter brincado de médico com um rapagão de 13 anos?
 
Na onda do filme "O Aviador", vale lembrar que o Brasil já teve seu Howard Hughes. Nos anos 40, o playboy Francisco (Baby) Pignatari produziu o Paulistinha, maior sucesso da aviação comercial brasileira de todos os tempos.

QUALQUER NOTA

Nelas, tudo bem Uma especialista em moda consultada por esta coluna diz que as únicas duas categorias que podem se dar ao luxo de usar o vestido modelo império (a popular bata), que Gisele Bündchen desfilou na festa do Oscar, são: mulheres grávidas e... Gisele Bündchen!
Tapuia no pedaço Carlos Eddé, membro da oposição libanesa que, na última quarta-feira falou longamente à CNN sobre a retirada das tropas sírias do Líbano, nasceu e foi criado em Sampa. E vem a ser irmão de Emile Eddé, o "bebe quieto" dos anúncios do uísque Drury's, morto em 1986.

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