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EVENTO FOLHA
Especialistas divergem sobre tratamento
Aspectos das lesões por esforço repetitivo geram controvérsia
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora conhecidas há bastante
tempo, as LER/Dort (lesões por
esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho) ainda geram muitas
controvérsias quanto aos sintomas, aos números de pessoas que
são vítimas e ao tratamento.
A discussão ficou clara no debate promovido pela Folha na última segunda-feira.
O evento teve a participação dos
médicos José Knoplich, doutor
em saúde pública pela USP, Daniel Feldman, professor-adjunto
de reumatologia da Unifesp, José
Erivalder Guimarães, presidente
do Sindicato dos Médicos de São
Paulo, André de Oliveira, profissional de educação física e coordenador de ginástica laboral, Osmar de Oliveira, ex-diretor do
Centro de Reabilitação Profissional do INSS e Maria José Americano, presidente do Instituto Nacional de Prevenção às LER/Dort.
Além dos números -para
Americano as LER/Dort são a segunda causa de afastamento do
trabalho, já para Knoplich elas representam apenas 1% dos casos-, o tratamento e possíveis
interesses de sindicatos também
provocam contestações.
Knoplich defende que a pessoa
seja remanejada de setor, tome
antidepressivo, realize um tratamento psicológico e não faça
exercícios físicos. Já para Osmar
de Oliveira, os casos de pessoas
que só querem a indenização trabalhista são minoria. "É essa concepção [de que o empregado quer
ganhar dinheiro do INSS] que
existe e nós temos de acabar com
ela nesse país", disse Guimarães.
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