DE SÃO PAULO

O caminho dos moradores da rua Traipu, em Perdizes, foi bloqueado pela queda de uma árvore de 15 metros na manhã de ontem. Uma tipuana de 60 anos de idade atravessou a rua da zona oeste paulistana, invadiu o prédio 568 e atingiu dois carros.
A fiação foi destroçada e todos os transformadores do quarteirão estouraram em sequência, com estrondo, às 3h, acordando a vizinhança.
"Eu pensei que era o fim do mundo", disse Ironildo Silva, 31, que mora em frente à árvore. Não era, mas a luz de três quadras acabou e ainda não tinha voltado até o fechamento desta edição. Pela manhã, todo o trecho foi interditado, gerando congestionamento nas vias do entorno -acesso do Minhocão.
Aquela árvore foi vistoriada e podada por técnicos da prefeitura há cerca de dois meses. Mas não detectaram o tronco oco que ficou exposto o dia inteiro, enquanto agentes enchiam quatro caminhões com os galhos serrados, para desobstruir a via -tarefa que só acabou 12 horas depois da queda.
Ao lado dela, há outras três espécies idênticas, que a prefeitura também atestou estarem sem problemas. A tipuana, grande e com raízes superficiais que destroem calçadas, é a que mais cai na subprefeitura da Lapa, que não havia se manifestado a respeito do assunto até o fechamento desta edição.
A Folha contou ao menos cinco árvores caídas, que ajudaram a complicar o trânsito da manhã, o mais intenso do ano para o período.
Outra complicação foram dois acidente envolvendo dez caminhões na marginal Tietê, sem feridos. E a chuva ininterrupta, que gerou dois pontos de alagamento pela manhã e outros dois à tarde.
Com isso, a cidade viveu seu recorde do ano de pior trânsito da manhã, com 128 km de lentidão às 9h30 e ainda ruim nas horas seguintes.


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