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Vítima do apagão de dezembro ganha indenização de R$ 2.500
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de amanhecer na sala
de embarque do aeroporto de
Natal, na volta de sua lua de
mel, o servidor público Carlos
Guedes Brito, 29, conseguiu na
Justiça o direito de receber R$
2.500 da TAM. A decisão foi tomada pelo 1º Juizado Especial
Cível do Rio no dia 28 de março,
mas cabe recurso.
Brito virou a madrugada no
aeroporto do dia 22 de dezembro por causa do caos aéreo. Na
época, o ministro da Defesa,
Waldir Pires, declarou que havia fortes indícios de que houve
overbooking (vendas de passagens aéreas além do número de
poltronas disponíveis) em diversos vôos da TAM.
Na volta para o Rio, Brito teria que embarcar por volta das
0h20 e só deixou a capital potiguar pouco depois das 8h.
""Não gosto nem de lembrar.
Eu e minha mulher sofremos
muito naquela madrugada",
disse Brito, que entrou na Justiça logo após chegar na cidade.
Ele desembarcou no Rio às
13h30, quase 10 horas depois
do horário previsto. No período
em que ficou no aeroporto de
Natal, Brito disse que viu seu
vôo mudar duas vezes de horário e não teve nenhuma ajuda
dos funcionários da TAM.
""Contratamos o serviço da
empresa acreditando na seriedade deles e não recebemos
nem um copo de café para ficarmos acordados de noite. Foi
muita falta de sensibilidade."
No processo, Brito disse que
anexou fotos do painel do aeroporto -com as mudanças dos
horários do vôo-, recibos de
alimentação e cópias do cartão
de embarque e da passagem.
""Isto acabou ajudando muito
na decisão da Justiça. Foi um
inferno aquele dia. A empresa
conseguiu com uma noite dentro de um aeroporto acabar
com dez dias de férias", acrescentou o servidor público.
A mulher de Brito também
entrou na Justiça contra a
TAM. A próxima audiência dela
está marcada para maio.
O departamento jurídico da
TAM informou que ""está analisando a sentença" e ""irá se manifestar dentro do prazo nos
autos do processo".
A empresa terá até a próxima
semana para recorrer.
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