São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2008

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GERSON ANTONIO

Vereador ria muito e se dizia "imorrível"

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O burburinho não pára entre os cerca de 10 mil habitantes de Feliz Natal (MT), desde o velório do vereador pelo PSDB Gerson Antonio. Não se entende como o jogador de futebol amador, que fazia piada até sobre a própria morte, caiu fulminado no chão, aos 32 anos.
Filho de agricultores nascido em Rondon (PR), veio com a família para o Mato Grosso -investiram o pouco que tinham "em um sitiozinho de bois". Antonio era aluno dos bons e saiu do colegial dando aula. Logo foi concursado pela prefeitura.
Formado em pedagogia, fez especialização em gestão da educação e assumiu a Secretaria Municipal de Educação. Vereador mais votado da cidade em 2004, "devido ao prestígio entre os professores", foi presidente da Câmara e primeiro-secretário.
"Não quero é morrer vereador", disse, dias antes, à secretária de gabinete. Era apenas uma das pérolas de humor que largava entre os colegas. "Dizia que era "imorrível", sempre rindo, era um humorista." Diz-se na Câmara que namorava há quatro anos e pensava em se casar -sairia da casa dos pais para morar na sua casa, hoje vazia.
"Doença, nele, só gripe", diz uma amiga. Homem saudável, seu único hobby era o futebol. Palmeirense, não perdia um amistoso. No sábado, corria ainda o primeiro tempo, e dizem os amigos que havia marcado dois gols, "um deles muito bonito", quando sofreu um infarto fulminante -"morte súbita".


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