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GERSON ANTONIO
Vereador ria muito e se dizia "imorrível"
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O burburinho não pára entre os cerca de 10 mil habitantes de Feliz Natal (MT),
desde o velório do vereador
pelo PSDB Gerson Antonio.
Não se entende como o jogador de futebol amador, que
fazia piada até sobre a própria morte, caiu fulminado
no chão, aos 32 anos.
Filho de agricultores nascido em Rondon (PR), veio
com a família para o Mato
Grosso -investiram o pouco
que tinham "em um sitiozinho de bois". Antonio era
aluno dos bons e saiu do colegial dando aula. Logo foi
concursado pela prefeitura.
Formado em pedagogia,
fez especialização em gestão
da educação e assumiu a Secretaria Municipal de Educação. Vereador mais votado
da cidade em 2004, "devido
ao prestígio entre os professores", foi presidente da Câmara e primeiro-secretário.
"Não quero é morrer vereador", disse, dias antes, à
secretária de gabinete. Era
apenas uma das pérolas de
humor que largava entre os
colegas. "Dizia que era "imorrível", sempre rindo, era um
humorista." Diz-se na Câmara que namorava há quatro
anos e pensava em se casar
-sairia da casa dos pais para
morar na sua casa, hoje vazia.
"Doença, nele, só gripe",
diz uma amiga. Homem saudável, seu único hobby era o
futebol. Palmeirense, não
perdia um amistoso. No sábado, corria ainda o primeiro
tempo, e dizem os amigos
que havia marcado dois gols,
"um deles muito bonito",
quando sofreu um infarto
fulminante -"morte súbita".
obituario@folhasp.com.br
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