São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2011

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França acha mais destroços do voo 447

Quase dois anos após queda de aeronave da Air France no Atlântico, motores e partes da asa são localizados

Para escritório francês que apura o acidente, descoberta reaviva a esperança de localizar caixas-pretas do avião

ANA CAROLINA DANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS

A agência francesa que investiga o acidente com o voo 447 da Air France que matou 228 pessoas em maio de 2009 anunciou ter localizado novos destroços do Airbus A330 que caiu no oceano Atlântico quando fazia a rota Rio-Paris.
Em comunicado divulgado ontem, o BEA (escritório francês que investiga a segurança na aviação civil) informou que buscas feitas nas últimas 24 horas localizaram novos "elementos" do avião.
O diretor do BEA, Jean Paul Troadec, disse que se tratavam de motores e partes da asa. "A novidade favorável é que os destroços estão relativamente concentrados. Por isso, temos esperança de encontrar as caixas-pretas."
O BEA lançou em fevereiro a quarta e provável última fase de buscas por destroços. A campanha se concentra em uma área de 10 mil km2 e um raio de 75 km ao redor da última posição conhecida.
Ela é dirigida pela equipe do Whoi (Woods Hole Oceanographic Institution), a maior instituição oceanográfica privada do mundo.

ESPERANÇA
O anúncio deve reavivar as esperanças dos familiares, que tentam identificar as causas do acidente, um dos piores da história da companhia Air France. Em buscas anteriores, foram recuperados menos de 5% do avião e apenas 50 corpos.
"Acho que agora podemos descobrir alguma coisa, pois estamos em busca da verdade há quase dois anos ", afirmou ontem à Folha o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas do Voo 447, Nelson Faria Marinho.
As causas do acidente não foram identificadas. Um dos relatórios parciais indicou que falhas nos medidores de velocidade das aeronaves podem ter contribuído.
Antes do acidente com o voo 447, outros incidentes foram registrados com os mesmos sensores da marca Thales que equipavam o Airbus A330 da Air France. Em março, a Airbus e a Air France foram indiciadas por homicídio culposo nas investigações da Justiça francesa.


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