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Pai de Sandra vê réu pela 1ª vez após o crime
DOS ENVIADOS ESPECIAIS
O jornalista Pimenta Neves chegou ontem ao Fórum de Ibiúna às
8h05, cinco minutos atrasado para o primeiro dia de seu julgamento. De barba, vestindo terno e
gravata, estava acompanhado da
advogada Ilana Müller e do assistente Carlos Frederico Müller.
Apesar do assédio dos mais de
60 jornalistas presentes, ele não
disse uma só palavra ao passar pela porta principal do fórum. Sete
minutos antes, João Gomide, pai
de Sandra, entrou por uma porta
nos fundos do fórum. Ele não via
o assassino da filha desde o crime.
"A expectativa é boa. Espero
que ele seja condenado ao máximo", disse. Ele só deixou o fórum
perto das 23h -antes do encerramento dos trabalhos de ontem.
Vários parentes de Sandra
acompanharam o júri. Regina,
cunhada dela, usava uma blusa laranja -a preferida de Sandra. Ela
disse que a intenção foi a de "provocar" Pimenta Neves.
Após a abertura do julgamento,
quando a advogada Ilana Müller
tentava anular o júri, Pimenta Neves, a todo instante, fechava os
olhos, abaixava e balançava a cabeça em sinal de reprovação, sempre passando a mão no rosto. Depois, demonstrou tranqüilidade a
maior parte do tempo.
Por volta das 16h50, uma das filhas de Pimenta chorou durante a
leitura de uma carta na qual ele se
despede delas. A carta foi escrita
dias depois do crime, antes de suposta tentativa de suicídio com a
ingestão de calmantes.
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