São Paulo, quinta-feira, 04 de maio de 2006

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Pai de Sandra vê réu pela 1ª vez após o crime

DOS ENVIADOS ESPECIAIS

O jornalista Pimenta Neves chegou ontem ao Fórum de Ibiúna às 8h05, cinco minutos atrasado para o primeiro dia de seu julgamento. De barba, vestindo terno e gravata, estava acompanhado da advogada Ilana Müller e do assistente Carlos Frederico Müller.
Apesar do assédio dos mais de 60 jornalistas presentes, ele não disse uma só palavra ao passar pela porta principal do fórum. Sete minutos antes, João Gomide, pai de Sandra, entrou por uma porta nos fundos do fórum. Ele não via o assassino da filha desde o crime.
"A expectativa é boa. Espero que ele seja condenado ao máximo", disse. Ele só deixou o fórum perto das 23h -antes do encerramento dos trabalhos de ontem.
Vários parentes de Sandra acompanharam o júri. Regina, cunhada dela, usava uma blusa laranja -a preferida de Sandra. Ela disse que a intenção foi a de "provocar" Pimenta Neves.
Após a abertura do julgamento, quando a advogada Ilana Müller tentava anular o júri, Pimenta Neves, a todo instante, fechava os olhos, abaixava e balançava a cabeça em sinal de reprovação, sempre passando a mão no rosto. Depois, demonstrou tranqüilidade a maior parte do tempo.
Por volta das 16h50, uma das filhas de Pimenta chorou durante a leitura de uma carta na qual ele se despede delas. A carta foi escrita dias depois do crime, antes de suposta tentativa de suicídio com a ingestão de calmantes.


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