São Paulo, sábado, 04 de junho de 2011
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MARIA CHRISTINA DE ANDRADE VIEIRA (1951-2011) Da filosofia ao Bamerindus ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO Aos 36 anos, após se separar, Maria Christina de Andrade Vieira decidiu mudar o rumo da carreira: deixou a vida acadêmica para se tornar executiva do Bamerindus. Nascida em Curitiba (PR), era filha de Avelino Vieira, o fundador do banco. Sua formação foi em filosofia, disciplina que lecionou na PUC-PR, de onde havia sido aluna. Ao entrar para o Bamerindus, dedicou-se à área de promoções e eventos e presidiu a Associação Cultural Avelino Vieira. Segundo a filha Mariella, o banco passou a apoiar no PR cerca de 350 projetos culturais por ano. Uma das iniciativas mais conhecidas de Maria Christina -e que existe até hoje, 20 anos depois de implementada- é o Natal no Palácio Avenida, prédio histórico restaurado no centro de Curitiba. Aos 42, tornou-se a primeira mulher a presidir uma associação comercial no país, ao assumir a do Paraná. No fim dos anos 90, quando o Bamerindus foi incorporado ao HSBC, Maria Christina começou a dar consultorias e a escrever. Publicou oito livros e deixou um pronto, que a família agora quer lançar. A obra é sobre sua experiência no tratamento de um câncer, descoberto quatro anos atrás. Séria e introspectiva, como é descrita pela família, ela "devorava" livros. Há poucos meses, assumira a presidência da Fundação Cultural de Curitiba, mas se afastou devido à doença. Mãe de três filhos, morreu anteontem, aos 60. Deixou o pedido para que não enviassem flores ao seu velório. Quis, em troca, que as pessoas fizessem doações para o hospital Erasto Gaertner, onde se tratou, em Curitiba. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Um ano depois, sumiço de Eliza ainda tem lacunas Índice | Comunicar Erros |
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