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Empresa se desculpa com Serra
da Sucursal de Brasília
A Schering do Brasil divulgou
ontem comunicado afirmando
não ter nenhum interesse "em
manter qualquer conflito com
o ministro José Serra" (leia íntegra abaixo).
A Folha publicou ontem nota
da matriz, na Alemanha, que
critica o comportamento do
ministro, que teria cunho eleitoral. A Schering do Brasil disse
que essa nota se tratava de um
rascunho. Segundo a nota de
ontem, a empresa diz lamentar
esse equívoco, ter grande apreço ao ministro e estar à disposição para esclarecimentos.
José Carlos Dias, um dos advogados da Schering, chegou a
conversar ontem com o ministro. "Liguei para desfazer o
quiprocó", disse.
Segundo Dias, após ser informado pela Folha sobre o comunicado da matriz, Serra telefonou para o advogado.
Imediatamente, Dias falou
com a direção da empresa e repassou ao ministro a versão do
laboratório para o episódio.
"A versão que a Folha obteve
não chegou a ser divulgada
nem na Alemanha. Foi um erro
de um funcionário que entregou a primeira versão da nota,
com o parágrafo sobre o ministro que havia sido vetado."
Queixa
O subsecretário-geral de Assuntos Políticos do Ministério
das Relações Exteriores, Ivan
Cannabrava, fez queixa formal
ao governo alemão contra a
Schering. Cannabrava convocou ontem o encarregado de
negócios da Alemanha, Dieter
Papenfuss, ao Itamaraty.
Segundo nota oficial, Cannabrava disse a Papenfuss que o
governo brasileiro recebeu
com "surpresa e desagrado" a
nota alemã. O Itamaraty também acusa, em nota, a Schering alemã de se referir ao Ministério da Saúde de "forma
inaceitável".
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