São Paulo, sábado, 4 de julho de 1998

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Empresa se desculpa com Serra

da Sucursal de Brasília

A Schering do Brasil divulgou ontem comunicado afirmando não ter nenhum interesse "em manter qualquer conflito com o ministro José Serra" (leia íntegra abaixo).
A Folha publicou ontem nota da matriz, na Alemanha, que critica o comportamento do ministro, que teria cunho eleitoral. A Schering do Brasil disse que essa nota se tratava de um rascunho. Segundo a nota de ontem, a empresa diz lamentar esse equívoco, ter grande apreço ao ministro e estar à disposição para esclarecimentos.
José Carlos Dias, um dos advogados da Schering, chegou a conversar ontem com o ministro. "Liguei para desfazer o quiprocó", disse.
Segundo Dias, após ser informado pela Folha sobre o comunicado da matriz, Serra telefonou para o advogado.
Imediatamente, Dias falou com a direção da empresa e repassou ao ministro a versão do laboratório para o episódio.
"A versão que a Folha obteve não chegou a ser divulgada nem na Alemanha. Foi um erro de um funcionário que entregou a primeira versão da nota, com o parágrafo sobre o ministro que havia sido vetado."

Queixa
O subsecretário-geral de Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores, Ivan Cannabrava, fez queixa formal ao governo alemão contra a Schering. Cannabrava convocou ontem o encarregado de negócios da Alemanha, Dieter Papenfuss, ao Itamaraty.
Segundo nota oficial, Cannabrava disse a Papenfuss que o governo brasileiro recebeu com "surpresa e desagrado" a nota alemã. O Itamaraty também acusa, em nota, a Schering alemã de se referir ao Ministério da Saúde de "forma inaceitável".



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